Arquivos de Epstein serão divulgados em 30 dias, diz procuradora dos EUA
Câmara dos Representantes aprovou nesta semana uma resolução que obriga o Departamento de Justiça a divulgar os documentos

SBT News
Os documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein, e que ainda não estão públicos, serão divulgados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em 30 dias. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pela procuradora-geral de Justiça, Pam Bondi.
"Continuaremos a seguir a lei para investigar todas as pistas", afirmou Pam, citando uma investigação em andamento no Distrito Sul de Nova York. "Se houver vítimas, encorajamos todas elas a se apresentarem."
Na terça-feira (18), a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, por ampla maioria — 427 a 1 — uma resolução que obriga o Departamento de Justiça a divulgar os arquivos. Agora, o texto depende de sanção do presidente Donald Trump.
Apesar da determinação da Câmara, há dúvidas sobre a rapidez da divulgação dos arquivos. Alguns parlamentares republicanos alertam que a ordem de Trump para investigar possíveis vínculos de Epstein com líderes democratas pode atrasar o processo.
+Trump se irrita com repórter e pede revogação da licença de emissora após pergunta sobre Epstein
Trump cobrou apurações envolvendo o ex-presidente Bill Clinton, que se relacionou com Epstein no início dos anos 2000, e o ex-secretário do Tesouro Larry Summers. O republicano ainda citou o nome de Reid Hoffman, fundador do LinkedIn, um importante doador democrata.
A medida é uma espécie de retaliação de Trump à divulgação de e-mails de Epstein, por parte do Partido Democrata, que apontam que o presidente tinha conhecimento da rede de tráfico sexual do magnata. Uma das mensagens, inclusive, sugere que o republicano esteve por horas com uma das vítimas.
+Presidente da Câmara dos EUA diz que "não há nada a esconder" nos arquivos de Epstein
Jeffrey Epstein, magnata condenado por crimes sexuais, foi preso pela primeira vez em 2008, quando admitiu ter prostituído uma menor de idade. Em julho de 2019, ele foi preso novamente sob acusações de abuso e tráfico sexual de menores, com mais de 250 possíveis vítimas. Um mês depois, em agosto, foi encontrado morto dentro de sua cela com indícios de suicídio.
Horas antes da votação de terça-feira na Câmara, cerca de 20 mulheres que afirmam terem sido vítimas de Epstein participaram de um ato em frente ao Capitólio, a sede do Congresso dos EUA. Elas exibiram fotos de quando eram adolescentes, período em teriam conhecido o magnata.









