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A pedido de Trump, Departamento de Justiça abre investigação sobre elo de democratas com Epstein

Solicitação foi feita após rivais divulgarem e-mails que sugerem que o presidente tinha conhecimento da rede de tráfico sexual do empresário

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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | White House
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou, na sexta-feira (14), que irá investigar ligações entre o empresário Jeffrey Epstein — acusado de tráfico sexual de menores — e figuras democratas. A medida foi anunciada pela secretária de Justiça Pam Bondi, que designou o promotor Jay Clayton para liderar o caso.

A investigação foi a pedido do presidente Donald Trump, que cobrou apurações envolvendo o ex-presidente Bill Clinton, que se relacionou com Epstein no início dos anos 2000, e o ex-secretário do Tesouro Larry Summers. O republicano ainda citou o nome de Reid Hoffman, fundador do LinkedIn, um importante doador democrata.

A medida é uma espécie de retaliação de Trump à divulgação de e-mails de Epstein, por parte do Partido Democrata, que apontam que o presidente tinha conhecimento da rede de tráfico sexual do empresário. Uma das mensagens, inclusive, sugere que o republicano esteve por horas com uma das vítimas.

Ao responder aos e-mails, Trump afirmou que os democratas usaram o caso para desviar a atenção sobre os impactos da paralisação do governo, conhecida como “shutdown”. Com duração de 43 dias, a greve foi encerrada nesta semana, após acordo entre parlamentares democratas e republicanos sobre o orçamento federal.

“Os democratas estão tentando trazer à tona a farsa de Jeffrey Epstein novamente porque farão qualquer coisa para desviar o quão mal eles se saíram no Shutdown e em tantos outros assuntos. Somente um republicano muito ruim ou estúpido cairia nessa armadilha. Não deve haver desvios para Epstein ou qualquer outra coisa, e quaisquer republicanos envolvidos devem se concentrar apenas em abrir nosso país e consertar os enormes danos causados pelos democratas”, disse o presidente.

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O presidente do Partido Democrata, Ken Martin, por sua vez, defendeu que a ação visou levar a verdade ao povo norte-americano, já que “Trump está mentindo sobre o relacionamento com Epstein”. O democrata afirmou ainda que a medida ocorreu após o governo transferir a antiga assistência do empresário, Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por envolvimento no esquema, a uma instalação prisional “melhor”.

Quem foi Jeffrey Epstein?

Jeffrey Epstein foi um criminoso sexual e magnata financista norte-americano, conhecido por suas conexões com figuras influentes da política, do entretenimento e dos negócios.

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Ele foi preso pela primeira vez em 2008, quando admitiu ter solicitado a prostituição de uma menor de idade. Em julho de 2019, o bilionário foi preso novamente sob acusações de abuso e tráfico sexual de menores, com mais de 250 possíveis vítimas. Um mês depois, em agosto, ele foi encontrado morto dentro de sua cela com indícios de suicídio.

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