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Argentina retira sigilo de documento sobre atentados em associação judaica

Mais de 80 pessoas morreram no ataque; investigação mostra que os explosivos passaram pelo Brasil

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A Justiça da Argentina retirou o sigilo de um documento sobre os atentados que mataram mais de 80 pessoas numa associação judaica em Buenos Aires. Um detalhe chama a atenção: a investigação mostra que os explosivos passaram Brasil.

Segundo a imprensa argentina, o documento diz que um iraniano que morava no país e se apresentava como agente cultural tinha contatos no Paraguai, Chile e Brasil que o ajudaram a preparar o atentado terrorista. A bomba foi detonada por um motorista suicida -- que, segundo a argentina, foi recrutado pelo Hezbollah, com o apoio do Irã.

O relatório feito em 2003 aponta que estudantes iranianos foram até a Venezuela comprar os explosivos. A carga saiu de barco em direção ao Brasil, cruzou um trecho do país rumo ao Paraguai e foi levada para Buenos Aires.

A explosão na associação judaica Amia, em 18 de julho de 1994, deixou 85 mortos e mais de 300 feridos. A justiça argentina pediu ao Irã a extradição de sete pessoas, mas o país nunca aceitou e negou envolvimento no caso.

O sigilo foi retirado apenas de uma parte da investigação, uma espécie de resumo sobre o que foi descoberto pelo serviço de inteligência argentino com apoio dos Estados Unidos. Outras páginas trazem os nomes de testemunhas e informantes que ainda estão vivos, por isso, correriam risco se todo o conteúdo fosse divulgado.

Há poucos dias, a Argentina foi condenada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por violar os diretos das vítimas ao atrasar as investigações. O tribunal determinou que o país se mobilize para realizar um julgamento e que divulgue documentos sobre o caso. A decisão foi celebrada pelos parentes das vítimas.

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