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Após falas de Trump, cresce esperança de cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza

A proposta de trégua, que será mediada por Catar e Egito, tem previsão de durar 60 dias

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Gaza: possível cessar-fogo é visto como esperança | Reprodução/AP
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Após falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou na última terça-feira (1º) que o cessar-fogo entre Israel e Hamas só depende do grupo armado palestino, aumentaram as esperanças para um possível alívio no conflito.

Contudo, enquanto o Hamas não se manifesta sobre a possibilidade do acordo, o estado de Israel segue sufocando os palestinos. De terça para quarta (2), segundo informações das autoridades de saúde, um novo ataque deixou ao menos 20 mortos nas áreas norte e sul da Faixa de Gaza. Além disso, o exército israelense ordenou mais evacuações na noite de terça-feira.

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De acordo com as informações passadas por Trump, uma proposta "final" de cessar-fogo seria entregue pelos países mediadores, Catar e Egito, ao Hamas. O presidente norte-americano ainda disse nas redes sociais que a reunião para chegar a um acordo com seus parceiros foi duradoura.

População sufocada

Há uma pressão pública crescente sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para que ele alcance um cessar-fogo permanente em Gaza e encerre a guerra de quase dois anos, uma medida fortemente contestada por membros linha-dura de sua coalizão de direita.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, escreveu na rede social X (ex-Twitter) nesta quarta-feira (2) que a maioria dentro do governo de coalizão apoiaria um acordo que veria a libertação dos reféns restantes mantidos por militantes do Hamas em Gaza.

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Para os moradores da zona de guerra, que fugiram diversas vezes e enfrentam dificuldades diárias para encontrar comida 21 meses após o início da campanha militar de Israel, as declarações trouxeram um vislumbre de esperança.

Contudo, os países esbarram em apenas uma condição. Para Israel, o cessar-fogo só teria validade caso o Hamas fosse desarmado, desmantelado e extinto. Já para a grupo armado, o acordo seria válido se os ataques acabassem e metade dos reféns israelenses, que ainda estão vivos, fossem devolvidos na primeira etapa do cessar-fogo.

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Israel x Hamas

A guerra começou quando combatentes do Hamas invadiram Israel em 7 de outubro de 2023, mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e levaram 251 reféns de volta para Gaza em um ataque surpresa.

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O ataque militar subsequente de Israel matou, até o momento, mais de 56.000 palestinos, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, deslocou quase toda a população de 2,3 milhões e mergulhou o enclave em uma crise humanitária.

Mais de 80% do território é agora uma zona militarizada israelense ou está sob ordens de deslocamento, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

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