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Mercosul pressiona Venezuela: "América Latina deve ser território de paz"

Países do bloco e demais da América do Sul divulgaram carta pedindo que ações unilaterais sejam evitadas

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Cúpula do Mercosul
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Os integrantes do Mercosul, apoiados por outros países da América do Sul, divulgaram uma nota nesta 5ª feira (7.dez) demonstrando preocupação com a situação entre Venezuela e Guiana e pedindo que ações unilaterais sejam evitadas.

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"A América Latina deve ser um território de paz e, no presente caso, trabalhar com todas as ferramentas de sua longa tradição de diálogo", afirmam, no documento. "Nesse contexto, alertam sobre ações unilaterais que devem ser evitadas, pois adicionam tensão, e instam ambas as partes ao diálogo e à busca de uma solução pacífica da controvérsia, a fim de evitar ações e iniciativas unilaterais que possam agravá-la", acrescentam.

Assinam a carta o Mercosul (formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que, no entanto está suspensa), Chile, Colômbia, Equador e Peru. De toda a América do Sul, ficaram de fora apenas Suriname e Bolívia -- que foi aprovada para entrar no Mercosul, mas ainda aguarda a formalização da entrada. O documento foi divulgado logo após uma cúpula de chefes de Estado do bloco, no Rio de Janeiro. Leia a íntegra aqui.

Mais cedo, o presidente Lula afirmou que o bloco não poderia ficar alheio às tensões em Essequibo. Também colocou o Brasil à disposição para sediar uma mediação entre Guiana e Venezuela.

Essequibo

Venezuela e Guiana vivem uma crise diplomática, depois que o governo de Nicolás Maduro convocou um referendo ? que recebeu mais de 90% dos votos sim ? sobre se o país deveria anexar o território de Essequibo, que corresponde a mais de 70% de toda a Guiana e é rico em petróleo. A área é alvo de uma disputa histórica, que vem desde os tempos em que a Guiana era uma colônia britânica.

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