Israel e Hamas ampliam cessar-fogo temporário em Gaza por mais 24h
Acordo segue condições já existentes, incluindo a troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed bin Mohammed Al Ansari, informou, nesta 5ª feira (30.nov), que Israel e o grupo extremista Hamas concordaram em estender o cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza por mais 24h. A trégua, iniciada em 24 de novembro, estava prevista para terminar pela manhã.
+ Acompanhe a cobertura da guerra em Israel
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O acordo segue as condições já existentes, sendo a pausa nas hostilidades e a entrada de um maior número de ajuda humanitária em Gaza. Para isso, Israel e Hamas se comprometeram a continuar com a troca de reféns e prisioneiros. Até o momento, 90 reféns israelenses foram libertados em troca de 210 palestinos que estavam detidos.
Em comunicado, Majed bin Mohammed Al Ansari afirmou que a comunidade internacional segue pressionando ambas as partes a chegar a um acordo permanente de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Além do Catar, as negociações estão sendo realizadas com apoio do Egito e dos Estados Unidos.
Os esforços para acabar com a guerra foram elogiados pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que pediu que o diálogo entre Israel e Hamas continue. Isso porque, apesar do maior número de comboios, a ajuda humanitária em Gaza ainda representa "migalhas" em meio à grave crise na região.
Até o momento, a guerra já deixou mais de 13 mil mortos em Gaza, enquanto 1,3 milhão de pessoas estão vivendo em abrigos, onde energia, alimentos, água e medicamentos são escassos. A superlotação de pacientes em hospitais, alinhada com a falta de saneamento básico, como coleta de lixo e limpeza de esgoto, também está aumentando o surto de doenças.
+ Papa critica guerras e volta a pedir paz: "Fabricantes de armas são únicos que ganham"
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para 111 mil casos de infecções respiratórias agudas, 12 mil casos de sarna, 11 mil de piolhos, 36 mil de diarreia, 24 mil de erupção cutânea e 2,5 mil de impetigo. Como não há tratamentos disponíveis, a entidade estima que mais pessoas em Gaza podem morrer por doenças do que por bombardeios caso a guerra continue.