Após golpe, militares prendem três políticos do antigo governo do Níger
Ex-presidente Mohamed Bazoum também segue detido pelo grupo na capital
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O grupo militar responsável pelo golpe de Estado no Níger prendeu, na 2ª feira (31.jul), três políticos do antigo governo. Sani Mahamadou, ministro do Petróleo, e Ousseini Hadizatou, ministro da Mineração, foram detidos, bem como o ex-presidente do Partido Nigerino para a Democracia e o Socialismo, que comandava o país, Foumakoye Gado.
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Ao todo, seis políticos já foram presos pelos militares desde o golpe promovido na última 4ª feira (26.jul). Entre eles está o ex-presidente do Níger, Mohamed Bazoum, que segue detido no palácio presidencial em Niamey, capital. A última manifestação do político foi feita na 5ª feira (27.jul), quando prometeu proteger as conquistas democráticas do país.
Apesar do golpe, ainda não está claro quem assumiu ou irá assumir o comando do país. Isso porque Bazoum foi detido por integrantes da Guarda Presidencial, que é chefiada pelo general Omar Tchiani, enquanto a declaração televisionada, que anunciou o golpe, foi lida pelo Major Amadou Adramane, porta-voz do Exército.
No domingo (30.jul), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) organizou uma cúpula extraordinária para debater a crise. Todos os 15 países-membros exigiram a libertação imediata de Bazoum, bem como a reintegração do político em até uma semana. O grupo também suspendeu as transações comerciais e financeiras com o país.
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"A mudança inconstitucional de governo no Níger veio complicar ainda mais um cenário de segurança já agravado na área de Liptako Gourma e na região em geral. Condenamos a tomada do poder pela força e o enfraquecimento da governação democrática, da paz e da estabilidade no Níger", disse o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Léonardo Santos Simão, que participou da cúpula.