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Iraniana vencedora do Nobel foi hospitalizada duas vezes após "prisão violenta", diz família

Ativista foi presa novamente na sexta-feira (12) após denunciar a morte suspeita do advogado Khosrow Alikordi

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Cadeira vazia para indicar que vencedora do Prêmio Nobel, a iraniana Narges Mohammadi, não estava presente na cerimônia de entrega do prêmio em Oslo | 10/12/2023/NTB/Javad Parsa via Reuters

Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, foi levada duas vezes ao pronto-socorro do hospital depois de sofrer golpes das forças de segurança que a prenderam em 12 de dezembro, informou sua família à Fundação Narges nesta segunda-feira (15).

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A ativista de direitos humanos recebeu o prêmio enquanto estava na prisão em 2023, após sua campanha de três décadas pelos direitos das mulheres e pela abolição da pena de morte no Irã.

Ela foi presa novamente na sexta-feira (12) – depois de ter sido libertada no final do ano passado – após denunciar a morte suspeita do advogado Khosrow Alikordi.

O promotor de Mashhad, Hasan Hematifar, disse aos repórteres no sábado que Mohammadi e o irmão de Alikordi fizeram comentários provocativos na cerimônia em memória do advogado na cidade de Mashhad, no nordeste do país, e incentivaram os presentes a "entoar slogans que quebram as normas" e "perturbar a paz".

A Fundação Narges, administrada pela família, disse que Mohammadi havia feito uma ligação para sua família no final do domingo.

"Narges Mohammadi disse na ligação que a intensidade dos golpes foi tão forte, contundente e repetida que ela foi levada ao pronto-socorro do hospital duas vezes... Sua condição física no momento da ligação não era boa, e ela parecia não estar bem", disse a fundação em um post no X.

Mohammadi foi libertada em dezembro do ano passado da prisão Evin, em Teerã, após a suspensão de sua pena de prisão para se submeter a tratamento médico.

Ela disse à sua família que foi acusada de "cooperar com o governo israelense" e recebeu ameaças de morte das forças de segurança, o que a levou a solicitar que sua equipe jurídica apresentasse uma queixa formal contra o órgão de segurança que a deteve e a maneira violenta de sua prisão.

Não houve nenhum comentário imediato das autoridades iranianas.

(Reportagem da Redação Dubai)

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