Preço de grãos pode disparar após Rússia suspender acordo e atacar portos ucranianos
Assinado em julho de 2022, acordo permitia que Ucrânia exportasse grãos pelo Mar Negro
SBT News
Após a Rússia decidir se retirar do acordo que permitia a exportação de grãos pela Ucrânia, o país atacou os portos ucranianos de Odessa e Mykolaiv, ambos com acesso ao Mar Negro. O mundo assiste com apreensão aos últimos acontecimentos na região, já que os preços dos grãos podem disparar novamente, como aconteceu no início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
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Assinado em julho do ano passado e intermediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Turquia, o acordo ajudou a reduzir os preços dos alimentos em mais de 20% globalmente. Por meio desse tratado, a Ucrânia, um dos maiores exportadores mundiais de girassol, milho, trigo e cevada, comercializou quase 33 milhões de toneladas de grãos.
O fim do acordo coloca em situação de insegurança alimentar habitantes de países africanos e do Oriente Médio, que dependem da importação de grãos ucranianos.
Na semana passada, antes de a Rússia se retirar do acordo, o diretor regional de emergência para a África Oriental no IRC (International Rescue Committee), Shashwat Saraf, disse que mais de 50 milhões de pessoas passam fome na região e que os preços de alimentos aumentaram em quase 40% em 2023.
Ao suspender o acordo, a Rússia alegou que partes do tratado não foram cumpridas e que o país vem sendo prejudicado nas suas exportações por causa de sanções ocidentais.
Uma das alternativas para a exportação ucraniana pode ser através da fronteira terrestre com a Polônia. Depois, os grãos são levados para portos no Mar Báltico ou via trem e barcaça para o porto de Constanta, na Romênia.
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