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Prefeito francês renuncia após ser ameaçado por ajudar refugiados

Yannick Morez enfrentou meses de pressão da extrema-direita e relatou falta de apoio do Estado

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Morez teve a casa e o carro incendiados por um grupo de manifestantes | Reprodução/Twitter Florian Chauche
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Yannick Morez, prefeito de Saint-Brevin-les-Pins, no oeste da França, renunciou ao cargo na última 4ª feira (10.mai) após ser pressionado pela extrema-direita. O político, de 62 anos, foi alvo de ameaças de morte e teve a casa e o carro incendiados por um grupo de manifestantes depois de ter anunciado novos planos para acolher refugiados. 

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"Tomei esta decisão por razões pessoais, especialmente após o incêndio criminoso em minha casa e a falta de apoio do Estado, e depois de muita reflexão com minha família. Após 15 anos de presença na Câmara Municipal, incluindo 6 anos como Prefeito, saio confiante no futuro", disse Morez, em comunicado.

Pelas redes sociais, o presidente Emmanuel Macron condenou os ataques e expressou solidariedade à Morez. O mesmo foi feito pelo chefe do Partido Socialista, Olivier Faure, que disse "ser vergonhoso" o Estado não ter reconhecido o que estava acontecendo na cidade. "Ele não teve apoio. É vergonhoso continuar normalizando isso", disse.

A cidade de Saint-Brevin-les-Pins vem enfrentando protestos desde março contra os planos de  Morez de transferir o Centro de Acolhimento de Requerentes de Asilo, inaugurado em 2016, para um local perto de uma escola primária. Os manifestantes alegaram que a ação poderia resultar em invasões e no aumento da criminalidade.

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Apesar de ser liderado por eleitores da extrema-direita, a representante do partido Marine Le Pen, que concorreu com Macron nas eleições de 2022, se pronunciou contra as ações. "Ataques e intimidações contra políticos eleitos são inaceitáveis. Na República, as divergências políticas são resolvidas nas urnas ou na Justiça. Esta regra não tem exceções", disse.

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