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Saúde

Anvisa aprova medicamentos nacionais da mesma classe do Ozempic

EMS deve começar a vender o produto ao longo de 2025; expectativa é atingir 40 milhões de unidades produzidas até março

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Canetas para obesidade e diabetes brasileiras são aprovadas pela Anvisa | Freepik
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta terça-feira (24), a produção e comercialização de dois novos medicamentos nacionais da classe dos análogos de GLP-1, de medicamentos como Ozempic e Wegovy, da Novo Nordisk. A previsão é que eles cheguem às farmácias brasileiras a partir de 2025.

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Desenvolvidos pela farmacêutica brasileira EMS, o Olire será indicado para o tratamento da obesidade e o Lirux terá como foco o controle da diabetes tipo 2.

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Os medicamentos utilizam liraglutida como princípio ativo, que também é utilizado nas canetas injetáveis Saxenda e Victoza. A patente da liraglutida expirou este ano, abrindo espaço para novos produtos no mercado. O Ozempic e o Wegovy são versões mais recentes para o tratamento de obesidade e têm a semaglutida como princípio ativo.

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Produção nacional e doses disponíveis

Os novos fármacos serão produzidos integralmente no Brasil. O Lirux terá doses de até 1,8 mg diários e será vendido em embalagens com uma, duas, três, cinco ou dez canetas. Já o Olire, com doses de até 3 mg ao dia, estará disponível individualmente ou em pacotes de três ou cinco canetas.

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Segundo a empresa, a produção em fase piloto já começou, e a expectativa é atingir 40 milhões de unidades produzidas até março de 2025.

“Desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero. Vamos fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado, reforçando nossa posição de liderança no mercado farmacêutico brasileiro”, destacou Carlos Sanchez, presidente do Conselho de Administração da EMS.

Como agem esses medicamentos?

Tanto a semaglutida quanto a liraglutida interagem com os receptores de GLP-1 no organismo. No pâncreas, essas substâncias aumentam a produção de insulina e foram inicialmente desenvolvidas para o tratamento da diabetes tipo 2. No estômago, retardam a digestão, e no cérebro, ativam a sensação de saciedade, ajudando na redução do consumo calórico.

No entanto, o que muda é o uso: a liraglutida precisa ser usada diariamente e a semaglutida tem uso semanal recomendado.

Principais efeitos colaterais e riscos

Assim como outras drogas, eles podem trazer riscos para a saúde quando usados incorretamente. É preciso haver acompanhamento especializado para avaliar efeitos colaterais e quando é hora de parar.

Efeitos colaterais mais frequentes

  • Obstipação (dificuldade crônica de evacuar);
  • Diarreia;
  • Náusea.

É contraindicado o uso por pessoas que têm:

  • Pancreatite;
  • Cálculo de vesícula biliar;
  • Anemia;
  • Problemas de tireoide;
  • Ou aqueles querem perder apenas alguns quilos – mas não têm obesidade ou sobrepeso com riscos à saúde.

Antes de usar

  • É preciso realizar exames de sangue;
  • Exames de abdômen;
  • Ter indicação e acompanhamento médico.
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