Combates no Sudão seguem no 6º dia sem trégua à vista
Trégua entre generais rivais é desrespeitada e conflito continua. Número de mortos passa de 300
AFP
O líder do Exército sudanês, Abdel Fatah al Burhan, descartou nesta 5ªfeira (20.abr) a negociação com o líder paramilitar, no sexto dia de combates que já deixaram centenas de mortos no país localizado na África Ocidental.
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Os confrontos eclodiram no último sábado (15.abr) entre as forças leais ao general Burhan e as de seu ex-número dois, Mohamed Hamdan Daglo, chefe das Forças de Apoio Rápido (FAR).
"Não acredito que haja espaço para negociações políticas com as Forças de Apoio Rápido", disse o general Burhan à emissora Al-Jazeera, em seu primeiro pronunciamento desde o início do levante. "Se o general Daglo não abandonar sua tentativa de querer controlar o país", será "esmagado militarmente", alertou o líder do Exército em entrevista por telefone ao canal catari.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os confrontos deixaram "mais de 330 mortos e 3.200 feridos".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta 5ª (20.abr), um cessar-fogo "de ao menos três dias" no Sudão por ocasião da celebração do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum para os muçulmanos.
Os Estados Unidos também anunciaram que enviaram reforços militares para a região para auxiliar na eventual retirada de seus diplomatas que ainda estão em Cartum.