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Irã reforça obrigatoriedade do hijab e promete punições "sem piedade"

Ameaça acontece em meio à rejeição e questionando do grupo feminino sobre a regra

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Declaração foi feita pelo chefe da Justiça do Irã, Gholamhossein Mohseni Ejei | Reprodução/Governo do Irã
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O Chefe da Justiça do Irã, Gholamhossein Mohseni Ejei, afirmou, neste sábado (1º.abr), que irá processar "sem piedade" as mulheres que forem flagradas em público sem o hijab - véu obrigatório no país. A declaração, anunciada pela mídia iraniana, aconteceu dois dias após o Ministério do Interior reforçar a obrigatoriedade do item.

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A regra do hijab vem sendo fortemente questionada pelo público feminino no Irã. Isso porque, em setembro do ano passado, uma jovem chamada Mahsa Amini, de 22 anos, foi presa pela chamada Polícia da Moralidade por usar o hijab incorretamente, deixando parte do cabelo à mostra. Ela estava visitando a família em Teerã quando foi detida. 

Após a prisão, Mahsa entrou em coma em uma delegacia e ficou internada por três dias em um hospital da região. A jovem, no entanto, não resistiu e morreu. Apesar da polícia afirmar que o óbito foi causado por um "ataque cardíaco repentino", a família de Mahsa acredita que a jovem foi torturada pela polícia.

Durante meses, milhares de manifestantes tomaram as ruas para protestar contra a morte de Mahsa, resultando, até mesmo, no incêndio de carros. A ação gerou um aumento da repressão por parte do governo, que deteve milhares de pessoas. Dois jovens que participaram dos atos foram acusados de "travar guerra contra Deus" e foram executados.

População cobra esclarecimentos sobre morte de Mahsa e pede fim do uso obrigatório do hijab | Reprodução/Twitter

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O cenário foi classificado como crítico pela Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu a soltura imediata de todos os detidos. "Recordamos às autoridades iranianas que, nos termos do direito internacional em matéria de direitos humanos, têm a obrigação de respeitar e assegurar os direitos à reunião pacífica e à liberdade de expressão", alegaram.

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