Intimação de Trump é derrota moral para republicano
Intimado a depor no Comitê do Congresso americano que investiga a invasão do Capitólio, Donald Trump perde em credibilidade no momento em que os Estados Unidos se preparam para as eleições legislativas
Patrícia Vasconcellos
O Comitê e as eleições legislativas
Intimado a depor no Comitê do Congresso americano que investiga a invasão do Capitólio, Donald Trump perde em credibilidade no momento em que os Estados Unidos se preparam para as eleições legislativas.
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Pouco isso deve interferir entre os que escolherão legisladores com sua indicação. Trump ainda é um dos nomes mais fortes dentro do partido Republicano. Liz Cheney, republicana que virou desafeto por afirmar que após a invasão do Capitólio nunca mais quer ver o ex-presidente em cargos públicos, perdeu nas primárias depois de uma campanha negativa feita pelos apoiadores de Donald Trump.
Os republicanos esperam, em novembro, ganhar nas urnas a maioria na Câmara e aumentar a vantagem no Senado. Isso interfere no trabalho do Comitê que investiga o que aconteceu em 6 de janeiro?
Os legisladores esperam concluir os trabalhos até o fim deste ano. Desta forma, o resultado das eleições legislativas não iria interferir no relatório final do Comitê caso o partido Republicano vire maioria em 2023.
Na entrada do prédio onde aconteceu a audiência, na tarde chuvosa, um manifestante solitário chamava a atenção. Stephen disse que veio do Colorado e espera pela condenação final do ex-presidente não só no comitê do Congresso.
Os vídeos da filha de Pelosi
Havíamos acabado de voltar de um intervalo curto. Ninguém -- pelo menos entre os jornalistas com os quais conversei -- esperava que no segundo tempo vídeos de conteúdo tão intenso fossem exibidos. As imagens foram captadas no dia 6 de janeiro do ano passado por Alexandra Pelosi, filha da líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
Alexandra é documentarista e por coincidência estava com a mãe naquele dia. Com o olhar de quem trabalha com cinema, ela gravou no celular o momento em que a legisladora, deputados e senadores, estavam confinados dentro do Capitólio, já invadido.
Nancy Pelosi fala por telefone com diversas autoridades americanas e diz frases como "deve haver uma forma de mostrarmos ordem e segurança para que possamos validar os votos e indicar o próximo presidente".
O Capitólio foi invadido no momento em que o Congresso validava os votos do Colégio Eleitoral. Nas imagens, apesar do caos, Pelosi, a mãe, demonstra calma e, ao mesmo tempo, indignação pelo fato de Trump não ter se pronunciado imediatamente e pedido a retirada imediata dos manifestantes, mesmo quando a multidão quebrava vidros e ia em busca dos congressistas na sede do poder legislativo.
Em frente ao FMI
Ela se chama Abebq Assefa e estava na frente da entrada destacada 'a imprensa no encontro mundial do FMI em Washington. Aos prantos e segurando a bandeira da região do seu país, disse: "Que eles não destinem mais dinheiro à Etiópia. Com esses valores, eles compram drones e nossas famílias sofrem, pessoas morrem".
Assefa conta que chegou aos Estados Unidos há vinte e cinco anos. Ao lado de outros imigrantes etíopes, chamava a atenção para um tema que ha tempos perdeu destaque nas manchetes internacionais.
A região do Tigre, imersa em uma guerra civil, não representa nem de longe o que a Etiópia demonstrou ser em 2019, quando Abiy Ahmed Ali, primeiro-ministro, ganhou o Nobel da Paz pelo acordo com a Eritreia.
Na capital americana, os manifestantes esperam chamar a atenção do mundo para a guerra civil que eclodiu no Tigre, região ao norte da Etiópia, em novembro de 2020.
América Latina pelo FMI
A região de trânsito normalmente calmo no entorno da Pennsylvania Avenue viu engarrafamentos que faziam qualquer trajeto curto ter tempo de chegada indefinido.
As reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos Conselhos de Governadores do Grupo Banco Mundial aconteceram em seis edifícios, sendo cinco concentrados em um único grupo de quatro quarteirões.
Entre os relatórios elaborados pelo Fundo Monetário Internacional, um avalia que os países latinos devem olhar com cautela as projeções da inflação para este ano e 2023.
Cinco países tiveram as projeções dos índices aumentadas. Para o Brasil, o FMI estima inflação anual em 6%. O FMI também prevê crescimento de 2,8% da economia brasileira este ano.
Em Washington, desde o começo da semana, o ministro da economia Paulo Guedes mostrou números positivos do Brasil e criticou as projeções do Fundo Monetário Internacional, que prevê redução da dívida total do governo, mais o aumento da dívida bruta pelos próximos dois anos. Provocada, em parte, segundo o FMI, pelo aumento de gastos provocados pelos auxílios sociais as vésperas da eleição.
O ministro da economia afirma que o FMI vai errar de novo.