La Niña pode durar mais seis meses preocupando o agro
Anúncio do órgão de meteorologia dos EUA frustra expectativas de safra com clima mais favorável
Pablo Valler
Quando todos achavam que os efeitos estavam diminuindo, até porque é comum que dure de nove meses a dois anos, conforme a meteorologia, ganha fôlego o fenômeno La Niña. De acordo com a Administração Americana de Oceano e Atmosfera (Noaa), pode permanecer até fevereiro de 2023.
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O órgão atribui a extensão do atual episódio ao aquecimento global, que está derretendo calotas polares, resfriando oceanos e alterando os ventos.
O La Niña já é caracterizado pelo esfriamento das águas superficiais na região da linha do Equador no Oceano Pacífico. O que estaria acontencendo com mais força. Se parasse apenas nesse efeito, talvez nem seria notícia. Mas, dependendo da intensidade, o fenômeno pode inverter condições climáticas.
No Brasil, por exemplo, faz a chuva que se forma na Amazônia deixar de seguir seu curso em direção ao sudeste. A maioria acaba indo para o nordeste.
No sul, acontece o que vimos em boa parte desse ano, estiagem. Nem é preciso dizer que tal condição preocupa muito os produtores rurais da região.
Houve quebra de safra de grãos e diminuição da produção de leite. Problemas que alteram preços ao consumidor até hoje. Segundo o Noaa, o atual La Ninã, no trimestre final de 2021, foi o mais agressivo da série histórica. No período, a média das temperaturas no Pacífico foi de -1,2°C, em comparação a -1,1°C registrados em 1950.
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