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Crise: Alta no preço da energia atinge toda a Europa

Crise energética atinge todo o continente com o aumento da demanda e diminuição do fornecimento

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A crise energética já atinge todo o continente europeu. O aumento da demanda e a diminuição no fornecimento do gás russo fizeram os preços dispararem em vários países.

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Já não era tão barato assim quando a roteirista Lívia Nunes se mudou para Londres. Há três anos, eram 142 libras por mês, cerca de R$ 894. "Agora eu estou pagando 284 libras, ou seja, dobrou. É um aumento muito grande na conta de energia", desabafa.

São quase R$ 2 mil por mês. Com o aumento, veio a mudança de hábitos: máquina de lavar louças só de vez em quando, na pia só água fria. "Até mesmo essas luzinhas que os eletrodomésticos tem, a gente desliga, a gente mantém vários desligados", diz Lívia. 

Não é um problema só no Reino Unido. Todos os países da Europa, sem exceção, enfrentam uma alta no preço da energia no momento. Ficou mais cara pra todo mundo no continente, em média, 54%. A situação é tão grave que vários governos já entenderam que vão precisar ajudar seus cidadãos a pagarem a conta.

As cinco maiores economias da Europa, Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália decidiram reduzir impostos sobre as tarifas e lançar programas de apoio às famílias mais vulneráveis.

No caso dos britânicos, por exemplo, a alta no custo de vida foi o dobro para os 20% mais pobres. O problema começou no ano passado, quando a demanda foi maior do que a produção de energia. Na Europa, a situação ficou ainda mais grave por conta da instabilidade no fornecimento de gás pela Rússia, fonte de 40% do consumido no continente. Pior pra Alemanha, que depende ainda mais dos russos e, por isso, decidiu adiar o fechamento das usinas de carvão e nucleares.

O chanceler Olaf Scholz defendeu a construção de um novo gasoduto, que começaria em Portugal e passaria por Espanha e França, com energia comprada da África e do Oriente Médio, mas os problemas são muito mais imediatos: a Rússia ameaça cortar totalmente o fornecimento. Foi um dos motivos que fizeram a União Europeia lançar a meta de reduzir em pelo menos 15% o consumo de gás.

Em pleno verão, a Espanha começou um plano para usar menos ar condicionado em lugares públicos, como estações de metrô e até aeroportos. Ruas, prédios e monumentos também estão menos iluminados: um recado pra ninguém se esquecer da escassez de algo que muitos davam como garantido.

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