Possível visita de Pelosi a Taiwan gera nova crise entre EUA e China

A China afirmou que tomará "medidas resolutas e rigorosas" se a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitar Taiwan, como afirmou a revista Financial Times em reportagem publicada nesta 3ªfeira (19.jul). De acordo com o jornal norte-americano, ela deve visitar a ilha autônoma em agosto.

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Uma visita de Pelosi "minaria gravemente a soberania e a integridade territorial da China, impactaria gravemente a base das relações China-EUA e enviaria um sinal seriamente errado às forças de independência de Taiwan", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijiang em um briefing diário.

"Se os EUA insistirem em seguir o caminho errado, a China tomará medidas resolutas e rigorosas para salvaguardar sua soberania e integridade territorial", disse Zhao.

Nos últimos dias, a China também subiu o tom ao endereçar as vendas de armas dos EUA para Taiwan, exigindo o cancelamento de um acordo no valor de aproximadamente US$ 108 milhões. "O Exército de Libertação do Povo Chinês... vai impedir resolutamente qualquer forma de interferência de forças externas e conspirações separatistas de 'independência de Taiwan'", disse o Ministério da Defesa em comunicado publicado em seu site.

Enquanto Washington mantém uma política de "ambiguidade estratégica" sobre se defenderia Taiwan em um conflito com a China, a lei dos EUA exige que ele garanta que a ilha tenha meios de se defender e considere ameaças à sua segurança como questões de "grave preocupação". Washington mantém apenas relações não oficiais com Taiwan em deferência a Pequim, mas é o aliado político mais forte da ilha e fonte de armas defensivas.

Zhao não deu detalhes sobre quais ações em potencial a China pode tomar em resposta à visita de Pelosi, mas Pequim geralmente usa voos militares e jogos de guerra para indicar seu descontentamento.

* Com informações da Associated Press