EUA: inflação chega a 8,5% em 12 meses, maior alta desde 1981
Número de março é 1º a incluir totalmente aumento nos preços da gasolina decorrente da invasão russa
SBT News
A inflação nos Estados Unidos subiu 8,5% em março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com anúncio feito nesta 3ª feira (12.abr) pelo Departamento do Trabalho. É a maior alta ano a ano da inflação no país desde 1981.
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Em comparação com fevereiro, a inflação subiu 1,2% - o maior salto mensal desde 2005. Mais da metade desse aumento foi impulsionado pelos preços da gasolina, que dispararam 48% em março, ante o observado no terceiro mês de 2021. Os dos carros usados tiveram alta de 35%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os de móveis para quartos, 14,7%, os ternos e casacos masculinos, 14,5%, e dos mantimentos, 10%.
De acordo com Christopher Rupkey, economista-chefe da empresa de pesquisa Fwdbonds, nos Estados Unidos, "o fogo da inflação ainda está fora de controle". Os números de março são os primeiros a incluírem totalmente o aumento nos preços da gasolina decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. Eles tornam mais consistentes as expectativas de que o Federal Reserve (FED), o sistema de bancos centrais do país, aumente drasticamente as taxas de juros nos próximos meses.
Segundo Kathy Bostjancic, a inflação ano a ano, em maio, deve atingir 9% e, depois, começar "uma queda lenta". Outros economistas também sugerem que ela está no pico ou próximo. A inflação no território mericano vem sendo alimentada por gastos robustos por porte dos consumidores, aumentos salariais constantes e escassez crônica de oferta, além de crescimeto nos custos de moradia.
Especialistas temem que o FED tenha demorado para começar a aumentar as taxas de juros e possa agir agora de forma tão agressiva que acabe desencadeando uma recessão. A inflação nos Estados Unidos passou a acelerar na primavera de 2021 (outono no Brasil), quando a economia do país e de outras nações se recuperaram com velocidade e forças insperadas da recessão -- iniciada um ano antes -- provocada pela pandemia.
**Com informações da Associated Press
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