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2024 foi o ano mais quente em 175 anos, diz ONU

Relatório mostra que o ano passado foi o primeiro a superar em 1,5 °C o período pré-industrial (1850-1900)

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2024 foi o ano mais quente em 175 anos, diz ONU | Reprodução
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Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), mostrou que 2024 foi o ano mais quente em 175 anos de registro científico. Pesquisadores acreditam que esse aumento aconteceu por causa de emissões de gases do efeito estufa, associado a alternância entre os fenômenos de arrefecimento La Niña e de aquecimento El Niño.

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Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (19), o ano passado foi o primeiro a superar em 1,5 º C do período pré-industrial (1850-1900). “Embora um único ano de aquecimento superior a 1,5 °C não indique que os objetivos de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris estejam fora de alcance, é um sinal de alerta de que estamos aumentando os riscos para as nossas vidas, economias e para o planeta”, alerta a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

Além disso, o relatório mostra uma série de recordes que foram quebrados em 2024, como o nível mais elevado nos últimos 800 mil anos de concentração atmosférica de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. “O dióxido de carbono permanece na atmosfera durante gerações, retendo o calor”, destaca o estudo.

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90% da energia pelos gases do efeito estufa são armazenadas nos oceanos. Assim, a taxa de aquecimento dos oceanos de 2024 foi a mais alta dos últimos 65 anos.

O relatório também indicou que os efeitos dos fenômenos meteorológicos extremos ocorridos no ano passado, juntamente com os conflitos e os altos preços internos dos alimentos, contribuíram para o agravamento das crises alimentares em 18 países.

Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, ainda é possível limitar os efeitos da temperatura global a longo prazo. “Os líderes têm de tomar medidas para que isso aconteça, aproveitando os benefícios das energias renováveis baratas e limpas para as suas populações e economias, com os novos planos nacionais para o clima que deverão ser apresentados este ano”, afirmou.

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