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2024 foi o ano mais mortal para jornalistas, aponta relatório

Comitê para a Proteção dos Jornalistas revela que quase 70% das mortes de profissionais da imprensa foram causadas por Israel

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Pelo menos 124 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos em 2024 | Divulgação
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O ano de 2024 foi o mais letal da história para jornalistas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Pelo menos 124 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos, sendo quase 70% deles palestinos mortos por Israel.

Segundo o CPJ, o número de conflitos globais aumentou significativamente nos últimos cinco anos, impactando diretamente a segurança dos profissionais da imprensa em países como Sudão, Paquistão e Mianmar. No entanto, o conflito Israel-Hamas se destacou, com 85 jornalistas mortos em 2024 e 78 no ano anterior.

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O CPJ alerta que a crescente violência contra jornalistas representa uma ameaça grave ao fluxo de informações no mundo. O número total de mortes em 2024 superou o recorde de 113 mortes em 2007, durante a guerra no Iraque. Além de Gaza (82 mortos) e Líbano (3), outros 39 jornalistas foram mortos em 16 países, incluindo Sudão (6), Paquistão (6), México (5), Síria (4), Mianmar (3), Iraque (3) e Haiti (2).

A entidade documenta mortes quando há evidências de que o jornalista foi morto em decorrência de seu trabalho, seja em zonas de conflito ou como alvo direto de ataques. Em 2024, pelo menos 24 jornalistas foram assassinados deliberadamente, sendo 10 casos confirmados como ataques diretos em Gaza e no Líbano.

Entre as vítimas, está Ismail Al Ghoul, jornalista palestino da Al Jazeera Arabic, morto em julho com seu colega Rami Al Refee em um ataque de drone israelense. Israel justificou a ação alegando que Al Ghoul era militante do Hamas, mas as provas apresentadas foram contestadas por especialistas e rejeitadas pela Al Jazeera.

O CPJ também investiga outras 20 mortes de jornalistas que podem ter sido alvos diretos de Israel. Pelo direito humanitário internacional, jornalistas são civis e ataques contra eles podem ser considerados crimes de guerra.

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Fora do Oriente Médio, 14 assassinatos de jornalistas foram confirmados em países como Haiti, México, Paquistão, Mianmar, Moçambique, Índia, Iraque e Sudão. Além das execuções, o CPJ registrou dezenas de mortes em meio a combates ou fogo cruzado.

No Sudão, por exemplo, três jornalistas foram mortos e um quarto caso ainda está sob investigação. No Paquistão, que não registrava mortes de jornalistas desde 2021, seis profissionais foram assassinados em meio à instabilidade política e à repressão à imprensa.

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