Organizações de checagem cobram ações do YouTube contra desinformação
Medidas como transparência e parcerias com agências são apontadas como ferramentas
Mais de 80 organizações de checagem de fatos em todo mundo enviaram, nesta 4ª feira (12.jan), uma carta aberta ao YouTube pedindo medidas mais eficientes para combater a desinformação na plataforma. No total, 46 países participam da ação.
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"Todos os dias vemos que o YouTube é um dos principais vetores de desinformação online no mundo e não vemos muito esforço por parte da empresa para aplicar políticas que resolvam o problema", diz o texto. Segundo as entidades, a principal preocupação é com a pandemia de covid-19, uma vez que diversos documentários e vídeos conspiratórios foram publicados na plataforma, obtendo milhões de visualizações.
Uma das medidas sugeridas no documento é que o YouTube estabeleça parcerias estruturadas com checadores e assuma a responsabilidade de investir sistematicamente em iniciativas globais de verificação de informações. Outros passos apontados como prioritários são dar transparência sobre como a desinformação se propaga na plataforma, tomar medidas contra violadores reiterados e estender os esforços para idiomas que não o inglês.
"Esperamos que considere a implementação dessas ideias para o bem público e para fazer do YouTube uma plataforma que realmente dê seu melhor para evitar que a desinformação e os boatos sejam usados como arma contra seus usuários e a sociedade", ressalta o texto, que também pede uma reunião com a presidente-executiva da empresa, Susan Wojcicki.
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Em nota, o YouTube afirmou que investiu em políticas e produtos em todos os países em que opera "para conectar as pessoas a conteúdo qualificado, reduzir a disseminação de informação limítrofe e remover vídeos que violam as políticas" da plataforma. De acordo com a plataforma, o site mantém o "consumo de desinformação limítrofe recomendada significativamente abaixo de 1%".