China e EUA vão trabalhar juntos contra as mudanças climáticas
Anúncio do acordo foi um dos destaques desta 4ª feira (10.nov) na COP26, em Glasgow
Glasgow -- China e Estados Unidos -- os dois principais emissores de gases do efeito estufa do mundo -- anunciaram um acordo de compromisso para trabalhar, em conjunto, no combate às mudanças climáticas. Foi um dos destaques desta 4ª feira (10.nov) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.
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Brasil e EUA
Após 40 minutos de conversa, John Kerry, o enviado Especial Para o Clima dos Estados Unidos, saiu da reunião com o ministro do Meio Ambiente brasileiro, Joaquim Leite, dizendo que a relação de confiança com o Brasil não é baseada em passos, mas em coisas concretas. Joaquim Leite não quis falar sobre o encontro.
Prévia
Nos momentos decisivos da COP, o governo britânico divulgou uma prévia do documento final, com muitos dos pontos necessários pra que o objetivo da conferência -- de limitar o aquecimento do planeta a um grau e meio até o fim do século -- seja atingido. Os negociadores têm dois dias pra diminuir a distância do que querem e oferecem os países ricos e o restante do mundo.
Preocupado com os rumos da COP, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou a Glasgow pra pressionar os negociadores. Depois de muitas críticas da sociedade civil, o presidente da conferência admitiu que finalizar o texto será um grande desafio.
Para o Brasil e para boa parte dos mais pobres e em desenvolvimento, o financiamento que vem dos ricos é um dos pontos cruciais, relembrou o ministro brasileiro -- desta vez, no palco principal da COP26.
"É importante que os países desenvolvidos reconheçam a emergência financeira e mobilizem recursos necessários pra atingir os objetivos desejados nesta conferência."
A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, hoje parte das Nações Unidas, considera decepcionante o esboço do documento final: "Eu acho o documento muito fraco, muito aberto, insuficiente pra você dirigir as questões mais estratégicas. Passa uma sensação de que você concorda com tudo, mas você adia, você passa para frente a solução".
Longe das discussões e tão perto das consequências das mudanças climáticas, Beptuk Metuktire, neto do cacique Raoní, veio a Glasgow com uma mensagem mais simples: "Nós estamos cada vez, nós mesmo, 'se matando'. Nós estamos, cada vez mais, desmatando a floresta, nós estamos poluindo nossos rios. Nós temos vendo o problema que está acontecendo hoje no mundo".
