Publicidade
Mundo

Biden afirma que EUA defenderão Taiwan em caso de ataque da China

Ações a partir da declaração do norte-americano podem impactar nas relações entre as duas potências

Imagem da noticia Biden afirma que EUA defenderão Taiwan em caso de ataque da China
Ao mesmo tempo, Biden sublinhou que não está procurando confronto com Pequim | Reprodução/Flickr
• Atualizado em
Publicidade

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o país está pronto para defender Taiwan caso seja atacado pela China. A declaração foi feita na noite de 5ª feira (21.out) durante uma entrevista ao canal CNN.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

"Sim, temos o compromisso de fazer isso", disse o político quando questionado se os EUA ajudariam Taiwan em caso de um ataque chinês. Ao mesmo tempo, Biden sublinhou que não está procurando confronto com Pequim. "Falei e passei mais tempo com Xi Jinping do que qualquer outro líder mundial. É por isso que você ouve as pessoas dizendo que 'Biden quer iniciar uma nova guerra fria com a China'. Não quero uma guerra fria com a China. Quero que a China entenda que não vamos recuar e mudar nenhuma de nossas opiniões."

Comentadas as declarações do líder de Estado, um funcionário da Casa Branca afirmou à CNN que o presidente não anunciou qualquer mudança na política norte-americana sobre Taiwan e China. "As relações de defesa dos EUA com Taiwan são guiadas pela Lei de Relações com Taiwan. Manteremos nossos compromissos nos termos da lei, continuaremos apoiando a autodefesa de Taiwan e continuaremos nos opondo a quaisquer alterações unilaterais no status quo."

+ Donald Trump anuncia criação de rede social própria

Após a repercussão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, reafirmou a alegação de longa data do país de que Taiwan é seu território e que "não há espaço" para compromissos ou concessões sobre a questão da ilha. "Taiwan é uma parte inalienável do território da China. A questão de Taiwan é puramente um assunto interno da China, que não permite intervenção estrangeira."

Wang ressaltou ainda que "ninguém deve subestimar a forte determinação, vontade firme e grande capacidade do povo chinês de se defender em soberania nacional e integridade territorial". O político aproveitou para alertar os EUA e pediu que o governo seja mais "cauteloso com suas palavras e ações sobre a questão de Taiwan", pois determinados atos podem "prejudicar seriamente" as relações entre os dois países.

+ COP-26 terá a presença de ao menos 120 chefes de Estado

Nas últimas semanas, o governo chinês enviou centenas de aviões militares à ilha para forçar a reunificação das duas regiões, separadas desde 1949 por conta de uma guerra civil. Os EUA não contestam abertamente a reivindicação da China a Taiwan, mas estão comprometidos por lei em garantir que a ilha possa se defender.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade
Publicidade