Vice de Trump sobre retirá-lo do poder: "não vou ceder a jogos de poder"
Em carta enviada à líder da Câmara na noite desta terça, 12 de janeiro, Mike Pence afirma que não cedeu às pressões na semana passada e não vai ceder agora
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Nova York - Enquanto legisladores democratas e republicanos votavam no Congresso a solicitação para que Mike Pence envocasse a emenda constitucional 25 para retirar Donald Trump do poder por inaptidão ao cargo devido à invasão do Capitólio no último dia 6 de janeiro, a resposta do atual vice presidente dos Estados Unidos já havia chegado. Em uma carta encaminhada nesta noite (12 de janeiro) à líder da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, Pence disse: "todo americano ficou chocado e tristena semana passada e estou agradecido pela liderança que você (Nancy Pelosi) e outros líderes do Congresso mostraram em reconvocar a sessão para completar a missão daquele dia (...) Mas agora, faltando apenas oito dias para o fim do mandato do presidente, você e o Caucus Democrata estão exigindo que a casa e eu invoquemos a emenda 25. Eu não acredito que este curso de ação é o melhor para o interesse de nossa nação de acordo com nossa consituição".
Na recusa em fazer o que os legisladores exigem, o vice de Donald Trump ainda escreveu: "Na semana passada, eu não cedi à pressão para exercer o poder perante minha autoridade constitucional para determinar o curso da eleição e eu não vou agora ceder à pressão dos esforços da Casa dos Representantes num jogo político em um momento tão sério da nossa nação".
Quando fala em não ceder à pressão na semana passada, Mike Pence se refere à Donald Trump que por mais de uma vez afirmou que Mike Pence tinha o poder de não validar os votos dos delegados do Colégio Eleitoral na sessão do dia 6 de janeiro por presidir a sessão que confirmaria o resultado final dos votos. Naquele dia, Pence afirmou, também em uma carta, que não cabe ao vice presidente da república decidir se os votos do Colégio Eleitoral são válidos ou não. Minutos depois da publicação, Trump usou o twitter para dizer que "Pence não teve coragem de fazer o que deveria ser feito".
Carta de Mike Pence enviada à líder da Câmara Nancy Pelosi na noite desta terça, 12 de Janeiro. Reprodução: Associated Press
Na sessão desta noite, 12 de janeiro, a líder da Câmara Nancy Pelosi disse: "a violência ao Congresso é algo que nunca vamos esquecer." Com a recusa de Mike Pence em invocar a emenda constitucional 25, a Câmara dará início na quarta-feira, 13 de janeiro, ao debate e votação do pedido de impeachment de Donald Trump apresentado na segunda, 11 de janeiro. Apesar da pressa dos deputados, o pedido de impeachment deve passar também pelo Senado que não deve se reunir integralmente para votar o assunto antes da posse de Joe Biden marcada para 20 de janeiro. Restaria ao novo governo avaliar a questão do impeachment no senado que no mandato de Joe Biden terá maioria democrata.
Na recusa em fazer o que os legisladores exigem, o vice de Donald Trump ainda escreveu: "Na semana passada, eu não cedi à pressão para exercer o poder perante minha autoridade constitucional para determinar o curso da eleição e eu não vou agora ceder à pressão dos esforços da Casa dos Representantes num jogo político em um momento tão sério da nossa nação".
Quando fala em não ceder à pressão na semana passada, Mike Pence se refere à Donald Trump que por mais de uma vez afirmou que Mike Pence tinha o poder de não validar os votos dos delegados do Colégio Eleitoral na sessão do dia 6 de janeiro por presidir a sessão que confirmaria o resultado final dos votos. Naquele dia, Pence afirmou, também em uma carta, que não cabe ao vice presidente da república decidir se os votos do Colégio Eleitoral são válidos ou não. Minutos depois da publicação, Trump usou o twitter para dizer que "Pence não teve coragem de fazer o que deveria ser feito".
Carta de Mike Pence enviada à líder da Câmara Nancy Pelosi na noite desta terça, 12 de Janeiro. Reprodução: Associated Press
Na sessão desta noite, 12 de janeiro, a líder da Câmara Nancy Pelosi disse: "a violência ao Congresso é algo que nunca vamos esquecer." Com a recusa de Mike Pence em invocar a emenda constitucional 25, a Câmara dará início na quarta-feira, 13 de janeiro, ao debate e votação do pedido de impeachment de Donald Trump apresentado na segunda, 11 de janeiro. Apesar da pressa dos deputados, o pedido de impeachment deve passar também pelo Senado que não deve se reunir integralmente para votar o assunto antes da posse de Joe Biden marcada para 20 de janeiro. Restaria ao novo governo avaliar a questão do impeachment no senado que no mandato de Joe Biden terá maioria democrata.
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