110 anos da Primeira Guerra Mundial: relembre como começou o conflito
Marcada pela batalha entre trincheiras, a Grande Guerra dividiu o mundo em dois grandes grupos
Um dos eventos históricos mais traumáticos da humanidade completou 110 anos, mas segue sendo amplamente discutido e relembrado: a Primeira Guerra Mundial. O ano de 1914 era como um barril de pólvora prestes a explodir. Segundo o historiador Odir Fontoura, diversos países europeus tinham um grande potencial armamentista e muito interesse em aumentar seus territórios.
Foi então que, no dia 28 de julho, o arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro da coroa austro-húngara, e sua esposa, a arquiduquesa Sophie, foram mortos por um nacionalista eslavo. Esse foi o estopim para o início da Grande Guerra.
De um lado, as Potências Centrais: Alemanha, Áustria-Hungria, Império Turco-Otomano e Bulgária. Do outro, os Países Aliados: França, Inglaterra, Rússia, Itália, Japão e, a partir de 1917, os Estados Unidos.
Na época, os países envolvidos achavam que o conflito duraria pouco, mas a guerra durou quatro anos e resultou em muitas mortes. Uma das principais características desse período foi o conflito terrestre, entre trincheiras. Os soldados ficavam estacionados em "vãos" com fome, chuva, frio e doenças. De acordo com Fontoura, foi uma guerra de desgaste. Um lado queria vencer o outro pelo cansaço.
Nessa guerra, também teve início o uso massivo de metralhadoras, tanques de guerra, aviões e submarinos. Além da utilização de armas químicas, como o gás mostarda, que causavam danos terríveis às pessoas.
Vale lembrar que, até aquele momento da história, nunca tinha existido um conflito tão violento. De acordo com os dados da ONU, cerca de 8,5 milhões de vidas foram perdidas.
A guerra teve fim em 1918, quando o lado alemão decidiu se render e assinou o Tratado de Versalhes, que obrigava a nação – que estava destruída e devastada – a pagar indenizações aos países vencedores. Isso provocou, anos depois, o início da Segunda Guerra Mundial.