EXCLUSIVO: Gilmar Mendes rebate relatório dos EUA e defende Moraes: "Nenhum excesso"
"O que mostram como irregular são processos de caráter sigiloso, como a quebra de sigilo. Absolutamente normal", disse o decano ao SBT
O ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, rebateu nessa quinta-feira (18) relatório elaborado pela Comissão de Assuntos Judiciários da Câmara dos Estados Unidos. O magistrado comentou o assunto em entrevista exclusiva ao programa 10 Perguntas, do SBT News.
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O texto traz decisões de processos sigilosos da Corte brasileira envolvendo o X (antigo Twitter) e outras redes sociais. No documento, os integrantes da comissão afirmam que há uma "censura forçada" do governo brasileiro contra o X.
"Nenhum excesso. Não há. É um trabalho bastante difícil esse trabalho realizado. Investigações complexas, denúncias que foram feitas. Temos mais de 200 condenações em relação ao 8 de janeiro. Temos toda a confiança no trabalho do ministro Alexandre [de Moraes]. Aquilo que mostram como algo irregular são processos de caráter sigiloso, como a quebra de sigilo telefônico e bancário, a quebra de comunicação telemática. Absolutamente normal", disse Mendes.
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"O próprio relatório fala de robôs, perfis falsos. É natural que haja cobrança nesse caso. Por isso a gente insiste na mensagem de regulação das redes sociais", emendou o ministro.
10 Perguntas
O ministro Gilmar Mendes é o 17º entrevistado do 10 Perguntas, programa do SBT News que convida os principais nomes dos Três Poderes em um formato inovador e dinâmico.
O videocast, veiculado no canal SBT News no YouTube e na TV aberta, aborda diversos temas em 10 rápidas perguntas.
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A ideia é dar espaço para mostrar o lado mais íntimo de quem está no centro do poder em Brasília com linguagem direta e objetiva, num bate-papo com o jornalista Murilo Fagundes.
As entrevistas acontecem em locais que se relacionam às histórias dos entrevistados. A conversa será feita em movimento, de forma natural e sem cortes.
O objetivo é permitir ao convidado mostrar aos espectadores um outro lado de sua atuação como tomador de decisão.