Ex-deputado federal Wladimir Costa é condenado a 12 anos de prisão pela Justiça Eleitoral
Conhecido por tatuagem em homenagem a Michel Temer, ele é acusado de violência política de gênero e violência psicológica contra mulher; defesa vai recorrer
A Justiça Eleitoral condenou o ex-deputado federal Wladimir Costa a 12 anos de prisão e ao pagamento de uma multa pelos crimes de violência política de gênero, violência psicológica contra mulher, difamação majorada e extorsão. A decisão é da Primeira Zona Eleitoral do Pará (Belém) e foi proferida nessa segunda-feira (9).
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O processo tramita em segredo de Justiça. O advogado do ex-deputado, Humberto Boulhosa, confirmou a sentença ao SBT News e disse que vai apresentar recurso.
"Essa sentença, ao meu juízo, foi extremamente absurda, desconexa. Pena extremamente exasperada. E como qualquer cidadão que se sente na mesma condição que está o ex-deputado, ele tem direito a recorrer", pontuou.
A sentença impõe o pagamento de uma multa de um salário mínimo (R$ 1.412,00) por dia durante 124 dias, o que totaliza R$ 175.088,00.
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A ação contra Wladimir foi movida pela Procuradoria Regional Eleitoral. Ele foi deputado federal pelo Pará por quatro mandatos consecutivos, de 2003 a 2019. Ficou conhecido por ter feito uma tatuagem em homenagem ao ex-presidente Michel Temer (MDB).
Em abril deste ano, ele foi preso pela Polícia Federal (PF). A medida foi imposta pela Justiça Eleitoral após prática recorrente de violência política nas redes sociais contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA).
Posteriormente, a Justiça Eleitoral aceitou um pedido de habeas corpus, e ele foi solto. Porém, em maio, revogou o habeas corpus, e o ex-deputado retornou para a prisão. Ele encontra-se preso deste então. Segundo a defesa, Wladimir Costa está no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará.