Justiça de SP manda soltar réus pela morte de motorista de app
Felipe Malheiro e Gustavo Moreira Cardoso respondem por homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar
A Justiça de São Paulo mandou soltar Felipe Malheiro e Gustavo Moreira Cardoso. Os dois homens respondem pelo homicídio do motorista de aplicativo Ednaldo de Souza Mendes. O caso aconteceu em julho, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Felipe e Gustavo estavam no carro que atingiu e matou Ednaldo. Eles são réus por homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Os dois se entregaram à polícia em 1° de agosto, quase 20 dias após o acidente.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que Gustavo, que dirigia o carro no momento do acidente, trocou de lugar com Felipe, que estava como passageiro. Felipe apresentou-se como autor do crime para os policiais. Em um outro momento, Felipe confessou que estava no banco do carona.
A investigação policial descobriu que Gustavo dirigia o carro em alta velocidade no momento do acidente e não tinha CNH (Carteira Nacional de Trânsito). A investigação mostrou ainda que havia uma garrafa de uísque dentro do carro dos réus.
O caso
A colisão frontal ocorreu após o carro dos suspeitos tentar uma ultrapassagem durante uma curva e em alta velocidade, na madrugada de 13 de julho.
Depois do acidente, policiais não realizaram o teste do bafômetro, alegando que os dois homens estavam lúcidos, sem sinais de embriaguez ou de uso de entorpecentes, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
No entanto, novas imagens causaram uma reviravolta no caso. Uma garrafa de whisky foi fotografada no interior do veículo e câmeras de segurança flagraram o momento em que Gustavo e o passageiro Felipe trocaram de lugar.
A vítima, Ednaldo, chegou a receber atendimento médico, mas morreu no hospital. Ele trabalhava como motorista de ônibus e, para conseguir uma renda extra, fazia corridas como motorista de aplicativo. Ednaldo completaria 20 anos de casamento e deixou duas filhas.