Caso Daniel: réus são ouvidos por morte de jogador e sentença pode sair ainda hoje
Crime aconteceu em 2018. Atleta foi encontrado morto em um matagal de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba
Pode ser definida ainda nesta quarta-feira (20) a sentença dos acusados pela morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, em outubro de 2018. Neste momento, acontece o terceiro dia de julgamento no Fórum de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.
O ex-jogador do São Paulo foi encontrado morto em uma área de matagal da mesma cidade em que acontece o julgamento. Na época do crime, o empresário Edison Brittes confessou o assassinato. Em depoimento à Polícia, ele afirmou ter assassinado Daniel por que o jogador teria tentado estuprar sua esposa, Cristiane Brittes, que também responde pelo crime.
No dia de sua morte, Daniel foi a festa de aniversário de 18 anos da filha do réu confesso, Allana Brittes, que também é acusada de ter participação no assassinato, em uma casa noturna de Curitiba. Hoje com 23 anos, ela foi ouvida pela Justiça nesta terça-feira (19), junto com outros quatro réus: David Willian Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Evellyn Brisola Perusso.
A promotoria exibiu vídeos do delegado e do investigador do caso e sustentou que o crime foi cometido por, pelo menos, duas pessoas. Três envolvidos admitiram que ajudaram a espancar Daniel, porém, negaram ter participado do assassinato do jogador. A duração foi de aproximadamente 11h
Ao todo, 13 testemunhas (duas delas sigilosas) já foram ouvidas.
Acusados do Caso Daniel
Além de Edson que responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e cinco vezes por coação no curso do processo, outros seis pessoas são acusadas por terem participado da morte do jogador. Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e David Willian da Silva, que acompanharam Edson no carro que levou o jogador espancado ainda vivo no porta-malas, antes de ser morto, para a zona rural de São José dos Pinhais, respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Cristiana e Alana também respondem pelos mesmo crimes. Além delas, Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual, crime que consiste em modificar o local do crime para mudar o curso das investigações. A defesa de Evelyn afirma que ela foi coagida por Edison a limpar o local em que o jogador foi morto.
Relembre o caso
Em 27 de outubro de 2018, o ex-jogador do São Paulo foi encontrado morto em uma área rural de São José dos Pinhais. O atleta estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. Edison Brittes confessou o assassinato tanto na época do crime quanto no tribunal, durante o julgamento.