Moraes arquiva investigação contra empresários que falaram de golpe
Decisão foi tomada por ausência de provas; itens apreendidos serão devolvidos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, na 2ª feira (21.ago), arquivar a investigação contra seis empresários que foram flagrados, por meio de um grupo de WhatsApp, disseminado ataques contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incitando um possível golpe de Estado. Segundo o magistrado, não foram encontradas provas robustas para seguir com o caso.
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A decisão engloba os empresários José Isaac Peres (rede Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu). Todos eram investigados por atacar integrantes de instituições públicas, reforçar o discurso de polarização e promover o descrédito dos Poderes da República.
Em meio à "ausência de justa causa", Moraes determinou o término da investigação e a devolução dos bens apreendidos dos empresários, como telefones celulares. Os itens foram confiscados em agosto de 2022, por meio de uma operação da Polícia Federal. O ministro afirmou, no entanto, que a decisão não gera "prejuízo de requerimento de nova instauração" no Supremo caso surjam novos elementos do caso.
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Na mesma decisão, Moraes prorrogou por mais 60 dias a investigação da Polícia Federal contra os empresários Meyer Joseph Nigri e Luciano Hang - dono da Havan. Em relação a Nigri, o magistrado alegou que os agentes seguem apurando possíveis vínculos entre o empresário e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já em relação a Hang, a perícia ainda trabalha na identificação da senha do celular do empresário.