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Justiça

Justiça mantém prisão de José Rainha e outro líder de movimento agrário

Os dois passaram por audiência de custódia neste domingo e seguem presos em SP acusados de extorsão

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José Rainha Júnior
• Atualizado em
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A Justiça manteve a prisão de José Rainha Júnior e Luciano de Lima, líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). Os dois passaram por audiência de custódia neste domingo (5.dom) e foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá (SP). Eles foram presos neste sábado (4.mar) suspeitos de extorquir dinheiro de donos de propriedades rurais na região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.

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Rainha foi preso no assentamento Che Guevara, no Mirante de Paranapanema, onde vive. Luciano de Lima foi detido na Rodovia José Corrêa de Araújo, na divisa com o Paraná.

Após a operação de prisão neste sábado (4.mar), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, se manifestou em uma rede social e elogiou os envolvidos na ação.

"As diligências foram decorrentes de mandados de prisão preventiva, pedidos e autorizados pela Justiça, de líderes de movimento de invasão de terras que exigiam vantagens financeiras de, pelo menos, seis vítimas", informou, em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

Prisão política

Em nota, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade pediu a liberdade de seus dirigentes e atribuiu as detenções a "cunho político" com "nítida relação com a jornada de ocupações do Carnaval Vermelho, sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra".

"A FNL ganhou força nos últimos anos ao realizar jornadas de luta no carnaval", diz o movimento. "O objetivo do Carnaval Vermelho é trazer para a discussão a contradição de sermos um dos países que mais produzem alimentos no mundo, porém, temos mais de 125 milhões de brasileiros com alguma insegurança alimentar." 

"O Carnaval Vermelho deste ano despertou a fúria do agro e de seus consortes e até o mercado andou nervoso. Afinal, pode ter um exército de famintos no país, mas terras sendo divididas entre os mais pobres é um crime ao qual o agronegócio e o capital não toleram", comletou o movimento na nota.

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