Ex-marido que matou juíza a facadas será julgado nesta 5ª, no Rio
Crime ocorreu na véspera do Natal de 2020, na frente das três filhas do casal
O engenheiro Paulo José Arronenzi, acusado de assassinar a facadas a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, será julgado nesta 5ª feira (10.nov), pelo 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
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O crime ocorreu na véspera do Natal de 2020, quando Viviane, de 45 anos, levava as três filhas para passarem a data com o pai, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Ela foi atacada de surpresa por Paulo, quando descia do carro.
O homem, que segundo denúncia do Ministério Público, cometeu o assassinato por inconformismo "com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro", será julgado por homicídio quintuplamente qualificado. As qualificadoras, que podem aumentar a pena em caso de condenação, são:
- Feminicídio, por Viviane ter sido morta pelo fato de ser mulher;
- Crime praticado na presença de três crianças, as filhas do casal -- duas meninas gêmeas de 9 anos e uma de 12;
- Motivo torpe, fútil, já que o acusado matou a juíza por não se conformar com o fim do relacionamento;
- Meio que dificultou a defesa da vítima, atacada de surpresa quando descia do carro;
- Utilização de meio cruel, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto causaram intenso sofrimento à vítima.
A juíza Viviane Vieira do Amaral, que atuava na 24ª Vara Cível, integrou a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro por 15 anos.
Relembre o caso
A juíza Viviane Vieira do Amaral, de 45 anos, deixava as três filhas -- duas gêmeas de 9 anos e uma menina de 12 -- com o pai, na véspera do Natal de 2020, quando foi esfaqueada pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, de 52 anos. Ela morreu no meio da rua, na frente das crianças.
O assassino foi preso em flagrante e levado para a delegacia de homicídios. O crime aconteceu a poucos metros de uma base da Guarda Municipal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Paulo e Viviane foram casados por 11 anos. A juíza já havia denunciado o ex-marido por ameaças e agressão. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro havia colocado à disposição da magistrada seis agentes armados para garantir sua segurança, mas ela abriu mão da escolta, a pedido de uma das filhas, que disse à mãe que o pai não era bandido.