Moraes determina que Justiça do Rio investigue caso de Roberto Jefferson
Ex-deputado federal é acusado de quatro tentativas de homicídio qualificado contra policiais federais
Camila Stucaluc
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Justiça Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, investigue o ataque do ex-deputado federal Roberto Jefferson contra policiais federais. A decisão, publicada na 4ª feira (9.nov), delimita que os agentes devem se ater a crimes do Código Penal, bem como realizar a avaliação periódica da prisão do ex-parlamentar.
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"As condutas investigadas foram perpetradas em face de funcionários públicos da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão expedido judicialmente, de modo que a competência é da Justiça Federal, conforme entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça", explicou Moraes, ressaltando que o inquérito instaurado contra Jefferson foi por flagrante de delito de quatro tentativas de homicídio qualificado.
O ex-parlamentar, que já era investigado no inquérito das milícias digitais, teve a prisão domiciliar revogada no fim de outubro, após publicar um vídeo criticando a ministra Cármen Lúcia, também do STF, ação que foi contra as determinações da detenção. Com isso, agentes federais foram enviados à casa de Jefferson, que os recebeu com tiros e granadas, entregando-se somente oito horas depois.
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Jefferson foi preso em 23 de outubro, no Rio de Janeiro. Posteriormente, Moraes determinou a prisão do ex-deputado por tempo indeterminado por quatro tentativas de homicídios qualificados. Jefferson recorreu à decisão, mas teve o pedido negado e segue cumprindo pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8.), na zona oeste da capital fluminense.