Campanha de Bolsonaro pede que PGE investigue empresas de pesquisa
Partidos questionam "erros crassos" em relação ao resultado do primeiro turno das eleições
Camila Stucaluc
A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou, nesta 4ª feira (5.out), uma ação à Procuradoria-geral Eleitoral (PGE) pedindo a investigação das atividades das empresas de pesquisa eleitoral. O documento, enviado pela Coligação Pelo Bem do Brasil (Progressistas, Republicanos e Partido Liberal), refere-se às apurações de intenção de voto e ao resultado oficial da votação no primeiro turno das eleições.
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"Embora sejam naturais as divergências entre os resultados das urnas e as indicações de pesquisas, os erros crassos que envolveram as pesquisas eleitorais, nesse pleito de 2022, são notoriamente repulsivos e merecem ser apurados com a devida profundidade e extensão", diz a ação. A coligação ainda classifica as atividades das empresas de pesquisa como possível "conspurcação da verdade eleitoral".
Na corrida ao Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que oscilava na faixa dos 35% nas pesquisas, obteve 43% dos votos válidos no primeiro turno. Já Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparecia com 50%, teve 47%. A divergência gerou repercussão entre os partidos, fazendo que o ministro da Justiça, Anderson Torres, encaminhasse à Polícia Federal um pedido para abertura de inquérito sobre o cenário.
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Na ação, a campanha de Bolsonaro pede esclarecimentos dos institutos Genial, Ipec, Datafolha, Ipespe, FSB, PoderData, Atlas, MDA e Paraná Pesquisas. "Por certo que esses erros das pesquisas eleitorais possuem relevância jurídica, pois se prestam ao questionamento de um bem jurídico essencial no Estado de Direito, qual seja, a autenticidade eleitoral", frisa a coligação.