Fux defende TSE e pede diálogo, paz e respeito entre os candidatos
Na reabertura do 2º semestre, ministro disse que sistema de votação brasileiro é um dos mais confiáveis do mundo
Rafaela Vivas
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, declarou nesta 2ª feira (1º.ago) que a democracia brasileira conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo. O ministro também enfatizou que nunca é demais "renovar ao país os votos de que cidadãos, candidatos e eleitores permaneçam leais à Constituição Federal, compromissados para que as eleições deste ano sejam marcadas pela estabilidade institucional e pela tolerância".
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O recado foi dado no discurso de reabertura dos trabalhos no segundo semestre do STF, após um mês de recesso forense. Fux defendeu ministros do Tribunal Superior Eleitoral, pediu diálogo paz e respeito entre os candidatos.
"O Supremo Tribunal Federal anseia que todos os candidatos aos cargos eletivos respeitem os seus adversários, que não são seus inimigos; confia na civilidade dos debates e principalmente, na paz que nos permita encerrar o ciclo de 2022 sem incidentes", afirmou Fux.
O ministro ainda destacou os feitos da Justiça Eleitoral e citou nominalmente os atuais presidentes e vice do TSE, ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que também integram o Supremo.
"Felizmente, nossa democracia conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo, mercê de ostentar no seu organismo uma Justiça Eleitoral transparente, compreensível e aberta a todos aqueles que desejam contribuir positivamente para a lisura do prélio eleitoral", declarou Fux.
Troca de Comando
O segundo semestre também será marcado pela troca de comando na mais alta Corte do país. Em 12 de setembro, o ministro Luiz Fux se despede da presidência do STF e será substituído pela ministra Rosa Weber. A posse da nova presidente foi adiada para a semana seguinte ao do 7 de Setembro, para evitar a proximidade com os protestos que devem ocorrer em Brasília e no Rio de Janeiro, com a adesão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de apoiadores do governo.
Em 2021, o presidente aproveitou os festejos do Dia da Independência para fazer críticas aos ministros do Supremo, assim como suas decisões. Integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas também foram alvo de protestos. Desde então, Bolsonaro tem colocado em xeque a segurança das urnas e do processo de votação brasileiro.
Em meio às manifestações e há poucos dias do pleito de outubro, também haverá troca de ministros na presidência do TSE. No próximo dia 16, toma posse no comando da Corte Eleitoral o ministro Alexandre de Moraes. Ele que vai conduzir as eleições no lugar do atual presidente do TSE, ministro Edson Fachin.
Moraes é um dos principais alvos do presidente Bolsonaro e, no STF, é relator dos inquéritos das fake news e do processo que apura os atos antidemocráticos.