Ronnie Lessa e esposa têm prisão decretada por lavagem de dinheiro
Ex-PM está preso acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes
O ex-policial militar Ronnie Lessa e sua esposa, Elaine Pereira Figueiredo Lessa, tiveram novas prisões decretadas nesta 5ª feira (14.out) pelo crime de lavagem de dinheiro. A decisão da 1ª Vara Especializada da Capital atende a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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Ronnie Lessa está preso desde março de 2019, na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande/MS, acusado de efetuar os disparos que causaram a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
"No bojo das investigações dos homicídios, foram produzidos elementos que indicavam a incompatibilidade entre a renda declarada por Ronnie e o padrão de vida ostentado por ele e sua família, o que justificou a instauração do IP visando à apuração de eventuais atos de lavagem de dinheiro, suspeita confirmada nas investigações, que indicaram a ocultação de valores e bens por meio do uso de laranjas'", afirma o MP.
Com a quebra do sigilo bancário e fiscal, foi identificado que Ronnie Lessa, apesar de ter renda mensal média de R$ 7.095,05, recebeu quantias milionárias em suas contas bancárias entre 2014 e 2019. A maior parcela é fruto de depósitos em espécie, cuja origem não foi identificada. Neste período, o ex-PM movimentou R$ 5.729.013,40, enquanto sua renda declarada como reformado da PMERJ, foi de R$ 416.226,17
Além de suas contas, Ronnie também movimentava os recursos nas contas de 'laranjas'. Por colaborarem com o esquema, também foram denunciados Denis Lessa, irmão do ex-PM, seu amigo Alexandre Motta de Souza, e sua esposa Elaine Lessa.
A evolução patrimonial apresentada por Ronnie também é incompatível com seus ganhos. O ex-policial adquiriu imóveis na orla da Barra da Tijuca, em Angra dos Reis, em Mangaratiba, entre outros, além de uma lancha de 33 pés e veículos de alto valor.