SP: Justiça revoga prisões de ativistas acusados de incendiar Borba Gato
Juiz entendeu que não há justificativa para a detenção preventiva
Leonardo Rinaldi
O juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, da 5ª Vara do Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo, revogou nesta terça-feira (10.ago) as prisões preventivas dos três ativistas acusados de incendiar a estátua do bandeirante Borba Gato na zona sul da capital paulista. As prisões preventivas de Paulo Roberto da Silva Lima -- conhecido como Paulo Galo --, Danilo Silva de Oliveira e Thiago Vieira Zem haviam sido decretadas na última sexta-feira (6.ago).
Na decisão desta 3ª feira, o magistrado apontou que as detenções preventivas não se justificavam e que os réus eram todos iniciais e não apresentam antecedentes criminais. Ainda de acordo com o juiz, mesmo se fossem condenados, todos iriam aceitar a pena sem necessidade de prisão ou do uso de força. Dessa forma, a prisões seriam, em suas palavras, "um amargo remédio a valorizar o apelo midiático que a extravagância do caso". Ele acrescenta que a soltura dos três não traria dano à ordem pública e que os motivos políticos não interessam à Justiça Criminal.
A defesa de Paulo Galo e de Thiago afirmava desde o início que a prisão preventiva não tinha fundamento e, agora, pontua em nota que a nova decisão da Justiça de São Paulo reconheceu como sendo desnecessária no caso. O incêndio na estátua foi provocado no dia 24 de julho.
Na ocasião, um grupo autointitulado Revolução Periférica ateou o fogo. Em entrevista ao SBT News, após deixar a prisão, Paulo Galo voltou a dizer que "a intenção do ato era abrir o debate na sociedade".
Veja as declarações dele:
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