Defesa de 'Gatinha da Cracolândia' fez novo pedido de prisão domiciliar

O advogado de defesa da jovem Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como "Gatinha da Cracolândia", José Almir, pediu novamente à justiça que a prisão por tráfico de drogas seja convertida em domiciliar. A solicitação foi feita na última segunda-feira (2.ago).

Ao SBT News, a defesa alega que ela tem uma filha de nove meses, e que a criança é a única dependente de Lorraine. Além disso, também foi feito um pedido de documentos sigilosos, que ainda não foram exibidos à defesa.

Na petição, o advogado usa como justificativa o artigo 318A do Código de Processo Penal brasileiro que determina que "a prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar".

O caso

Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "gatinha da Cracolândia", é filha de uma empresária, tem mais de 40 mil seguidores nas redes socias e estava acima de qualquer suspeita.

Com 19 anos, ela publica fotos quase sempre sensuais, que seguem o padrão de modelos famosas e exibem ropas e cenários paradisíacos. Mas o que as imagens não mostram é o envolvimento dela com o crime. A polícia descobriu que ela comercializava os entorpecentes junto com o namorado em tendas instaladas na Cracolândia, na região central da capital paulista.

Lorraine havia sido presa, mas, como tem uma filha de nove meses, foi liberada para cumrir prisão domiciliar. Porém, de acordo com a polícia, a jovem desrespeitou as regras do benefício e seguiu em ação no mundo do crime.

"Quando foi concedida a ela a possibilidade de cumprir pena a domicilio, ela deixou de ter esse beneficio, escolheu não a criança dela, escolheu sim o tráfico de drogas, escolheu continuar no tráfico", diz Monteiro. O delegado conta ainda que durante o depimento ela não se mostrou arrependida.  

Em 22 de julho, ela foi detida na casa da mãe do namorado, que já estava na cadeia. Lorraine levou os policiais ao esconderijo das drogas na Cracolândia.

Quase 300 papelotes de cocaína, pedras de crack e comprimidos de ecstasy estavam no local. Posteriormente, a criminosa foi levada para fazer exames de corpo de delito. Ela permanecerá presa à disposição da Justiça.

Irmão: "Agora ela vai pagar pelo o que ela fez"

Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, o irmão da traficante, Lorruam Bauer, tentou justificar a participação da irmã no crime "sempre teve uma vida boa, uma família boa, que apoiou, que deu conselho, mas ela se envolveu com pessoas erradas nesses últimos tempos e acabou tomando escolhas erradas. Agora ela vai pagar pelo o que ela fez, a família de maneira nenhuma vai passar a mão na cabeça dela".

Assista a reportagem do SBT Brasil sobre o caso: