Lewandowski dá prazo para CPI se manifestar sobre depoimento de Barros
Oitiva do líder do governo na Câmara foi adiada indefinidamente; colegiado tem 5 dias para explicar
SBT News
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado marque a data do depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Inicialmente, a oitiva de Barros estava marcada para a última 5ª feira (1º.jul), mas foi adiada indefinidamente. No lugar dele, a comissão ouviu o policial militar e representante da Davati Medical Supply Luiz Dominguetti.
Barros foi convocado ao colegiado após ser citado em depoimento pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), que relatou ter levado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) uma denúncia feita por seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, de um suposto esquema de superfaturamento no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Em resposta, segundo o deputado, Bolsonaro teria dito que havia interesse de Barros no negócio. O líder do governo na Câmara nega as acusações.
Barros recorreu ao STF para que o colegiado marcasse uma data para sua oitiva. "Alego que estou sendo impedido de exercer minha ampla defesa por abuso de poder da CPI que ataca minha honra indevidamente", escreveu o parlamentar nas redes sociais.
Pedi hoje ao STF, por meio de mandado segurança, que mantenha a data de 8 de julho para que eu seja ouvido na CPI da Covid. Alego que estou sendo impedido de exercer minha ampla defesa por abuso de poder da CPI que ataca minha honra indevidamente. Link: https://t.co/bsY7wmL7fF
? Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) July 2, 2021
Relator do pedido de Barros, o ministro Lewandowski decidiu, então, dar o prazo para que a CPI se manifestasse antes de tomar uma decisão.
Confira a íntegra da decisão de Lewandowski:
Veja reportagem do SBT Brasil: