Justiça
Justiça reconhece falta de provas e solta homens presos em SP
Prisão em flagrante de professor e ativista social havia sido decretada com uma série de irregularidades
SBT Brasil
• Atualizado em
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A Justiça de São Paulo soltou, nesta sexta-feira (15), um professor de boxe e um ativista social que estavam presos há 13 dias, sob acusação de terem cometidos assaltos em Pinheiros, bairro nobre da capital paulista. A liberdade foi concedida após uma reportagem do SBT Brasil revelar imagens de câmeras de segurança usadas pelos parentes para provar a inocência dos rapazes.
Felipe Patrício Ferreira, de 20 anos, e João Igo dos Santos, de 37, estavam em uma prisão superlotada. Amigos e moradores de periferia, eles haviam sido detidos no dia 2 de janeiro, depois que uma diarista e um vigilante sofreram assaltos.
No 89º Distrito Policial, para onde o professor e o ativista foram levados pelos policiais em um primeiro momento, ambas as vítimas disseram não serem capazes de reconhecê-los como responsáveis pelos roubos. Apenas um motorista de aplicativo reconheceu a dupla, porque a teria seguido até um terminal de ônibus. O problema é que esse profissional não presenciou o crime.
Felipe e João, que negavam a prática dos roubos, também não estavam com os pertences das vítimas. Na versão deles, haviam ido jantar no Largo da Batata, região boêmia da cidade, e voltavam para casa normalmente, até serem abordados pelos policiais. Porém, o delegado decretou a prisão em flagrante dos dois.
+ Justiça de São Paulo aceita denúncia de advogado acusado de homofobia
Antes de embarcarem no ônibus em que os agentes os encontraram, os amigos tinham sacado R$ 20,00 para recarregar o vale-transporte, conforme registra o extrato bancário. Além disso, gravações mostram João e Felipe caminhando tranquilamente no mesmo horário do crime, na direção oposta ao caminho por onde as vítimas contam que os assaltantes fugiram correndo.
Ao determinar a soltura imediata da dupla, nesta quinta-feira (14), o desembargador Fábio Gouvêa afirmou que não havia motivo concreto para justificar a prisão. Considerou ainda que os investigados são réus primários e possuem emprego. Por outro lado, isso não significa o fim do processo, e a defesa agora tenta provar a inocência dos rapazes e arquivá-lo. "Nosso objetivo também é processar o Estado e pedir reparação por isso que eles passaram e as suas famílias", explica o advogado.
Refletindo sobre todo o ocorrido, João pontua: "a gente nasce preto e já nasceu marcado, o nosso povo traz esse vício desde quando era escravizado, às vezes a gente precisa passar por esses lugares pra ver como isso se opera, como está estancado, e que precisa se unir pra combater as desigualdades no nosso país".
Felipe Patrício Ferreira, de 20 anos, e João Igo dos Santos, de 37, estavam em uma prisão superlotada. Amigos e moradores de periferia, eles haviam sido detidos no dia 2 de janeiro, depois que uma diarista e um vigilante sofreram assaltos.
No 89º Distrito Policial, para onde o professor e o ativista foram levados pelos policiais em um primeiro momento, ambas as vítimas disseram não serem capazes de reconhecê-los como responsáveis pelos roubos. Apenas um motorista de aplicativo reconheceu a dupla, porque a teria seguido até um terminal de ônibus. O problema é que esse profissional não presenciou o crime.
Felipe e João, que negavam a prática dos roubos, também não estavam com os pertences das vítimas. Na versão deles, haviam ido jantar no Largo da Batata, região boêmia da cidade, e voltavam para casa normalmente, até serem abordados pelos policiais. Porém, o delegado decretou a prisão em flagrante dos dois.
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Antes de embarcarem no ônibus em que os agentes os encontraram, os amigos tinham sacado R$ 20,00 para recarregar o vale-transporte, conforme registra o extrato bancário. Além disso, gravações mostram João e Felipe caminhando tranquilamente no mesmo horário do crime, na direção oposta ao caminho por onde as vítimas contam que os assaltantes fugiram correndo.
Ao determinar a soltura imediata da dupla, nesta quinta-feira (14), o desembargador Fábio Gouvêa afirmou que não havia motivo concreto para justificar a prisão. Considerou ainda que os investigados são réus primários e possuem emprego. Por outro lado, isso não significa o fim do processo, e a defesa agora tenta provar a inocência dos rapazes e arquivá-lo. "Nosso objetivo também é processar o Estado e pedir reparação por isso que eles passaram e as suas famílias", explica o advogado.
Refletindo sobre todo o ocorrido, João pontua: "a gente nasce preto e já nasceu marcado, o nosso povo traz esse vício desde quando era escravizado, às vezes a gente precisa passar por esses lugares pra ver como isso se opera, como está estancado, e que precisa se unir pra combater as desigualdades no nosso país".
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