Justiça Federal determina prisão do ex-diretor da Petrobras Renato Duque
Engenheiro deverá ficar 39 anos, dois meses e 20 dias em regime fechado
A Justiça Federal do Paraná determinou a prisão de Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras. O motivo é que sentenças que o condenaram pela prática dos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato, se tornaram definitivas. Ele deverá ficar 39 anos, dois meses e 20 dias em regime fechado.
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O cumprimento da pena será no estado onde ele for preso. Possivelmente, no Rio de Janeiro. As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná nesta quinta-feira (18). Renato Duque foi diretor de serviços da Petrobras de 2003 a 2012.
No passado, chegou a ser preso na Operação Lava Jato, mas foi solto posteriormente. Já foi condenado em vários processos.
Em fevereiro de 2020, por exemplo, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba o condenou a seis anos, seis meses e dez dias de prisão. Em 2021, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aumentou a pena para 12 anos, nove meses e 15 dias. Na ação penal, no âmbito da Lava Jato, ele respondia a acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto e Guilherme Esteves de Jesus, operador financeiro do Grupo Jurong do Brasil, também eram réus no processo.
Na denúncia do caso, o Ministério Público Federal (MPF) afirmava que Duque e os demais estavam envolvidos num esquema de corrupção no fornecimento de 21 sondas para a Petrobras por intermédio da empresa Sete Brasil Participações S/A. Os equipamentos seriam usados para exploração de petróleo na camada de pré-sal. Duque, outros diretores da Petrobras, dirigentes da Sete Brasil e Vaccari Neto teriam recebido propinas pagas nos contratos de fornecimento das sondas.