Justiça aumenta pena de ex-diretor da Petrobras condenado por corrupção
Renato Duque teria recebido propina paga em contrato de fornecimento de equipamentos
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) aumentou a pena do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque em ação penal, no âmbito da Operação Lava Jato, a que responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em fevereiro de 2020, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba havia condenado Duque a seis anos, seis meses e dez dias de prisão, mas agora a pena passou para 12 anos, nove meses e 15 dias.
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A decisão da 8ª Turma foi unânime. Duque havia recorrido da sentença da primeira instância ao TRF4. O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto e Guilherme Esteves de Jesus, operador financeiro do Grupo Jurong do Brasil, também são réus no processo. A segunda instância manteve a pena de Vaccari Neto em sete anos, seis meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e reduziu a de Esteves de Jesus de 19 anos e quatro meses para 16 anos, oito meses e 20 dias de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Na denúncia do caso, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que Duque e os demais estavam envolvidos num esquema de corrupção no fornecimento de 21 sondas para a Petrobras por intermédio da empresa Sete Brasil Participações S/A, que seriam usadas para exploração de petróleo na camada de pré-sal. Duque, outros diretores da Petrobras, dirigentes da Sete Brasil e Vaccari Neto teriam recebido propinas pagas nos contratos de fornecimento dos equipamentos.
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