Wikipédia recorre decisão russa de remover conteúdo sobre guerra
Representantes alegam que ação viola os direitos humanos e a liberdade de expressão
![Wikipédia recorre decisão russa de remover conteúdo sobre guerra](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FWikimedia_Foundation_esta_disponivel_globalmente_em_mais_de_300_idiomas_Reproducao_908d05f24b.jpg&w=1920&q=90)
Os representantes da Wikipédia entraram com um recurso contra uma decisão do Tribunal de Moscou, na Rússia, que exigiu a remoção de informações relacionadas à guerra na Ucrânia da plataforma. Segundo informado, a organização foi multada em 5 milhões de rublos (cerca de R$ 449 mil) por se recusar a remover dados sobre a ofensiva, como crimes de guerra e o chamado "massacre em Bucha".
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Esta decisão implica que o conhecimento verificado e bem fornecido na Wikipédia é inconsistente com as contas do governo russo que constitui desinformação. Pedimos ao tribunal que reconsidere em favor dos direitos de todos ao acesso ao conhecimento e à liberdade de expressão", disse Stephen LaPorte, conselheiro geral associado da Wikimedia Foundation.
Ele afirmou ainda que a remoção de informações é uma violação dos direitos humanos e que a Rússia não tem jurisdição sobre a Wikimedia Foundation, que está disponível globalmente em mais de 300 idiomas. O Tribunal de Moscou, por outro lado, afirma que o conteúdo da plataforma representa um risco para a ordem pública do país.
+ Ucrânia mantém controle sobre parte de Sievierodonetsk, diz autoridade
+ Mais de 10 mil soldados já morreram durante a guerra, diz Ucrânia
A ofensiva russa na Ucrânia foi autorizada pelo presidente Vladimir Putin em 24 de fevereiro. Desde então, os combates vêm se intensificando no leste e sul do país, com o exército russo dominando 20% do território ucraniano, segundo estimativa do governo. Denúncias de crimes de guerra no país, como torturas, prisões e assassinatos, seguem sob investigação de membros da União Europeia e do Tribunal Penal Internacional.