30 anos do Plano Real: relembre as cédulas e moedas em circulação
Cédula de R$ 1, nota feita com plástico, moeda com anel dourado e nota de R$ 200; confira curiosidades sobre o real, mais raro depois do PIX
Giovanna Colossi
Quando o Plano Real foi lançado, o Brasil vivia um período de hiperinflação e, na busca por equilíbrio, já havia introduzido e descontinuado diversas cédulas. Em menos de dez anos, foram quatro moedas diferentes: cruzado, cruzado novo, cruzeiro e cruzeiro real.
Introduzido em 1º de julho de 1994, há 30 anos, o real já era distribuído pelo Banco Central desde abril, para acelerar a substituição integral do meio circulante.
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O SBT Brasil começou a exibir na segunda-feira (1º) uma série de três episódios sobre o Plano Real, em celebração aos 30 anos da implementação do plano que estabilizou a economia do Brasil.
Desde o seu lançamento, o real já teve duas famílias de notas, ambas continuam válidas. Contudo, a quantidade de notas da primeira família que continua em circulação é pequena, eram somente 6,7% em 2020, segundo o Banco Central.
Cédula de R$ 10 comemorativa
Parte da primeira família do Real, a cédula de R$ 10 comemorativa pelos 500 anos do Brasil foi lançada em 2000.
Com o retrato de Pedro Álvares Cabral, o navegador português que primeiro chegou à costa brasileira, a nota foi a primeira de polímero – um tipo de plástico – produzida pelo Banco Central, e continua até hoje em circulação.
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Relembre detalhes da nota:
Em uma face, além do perfil do navegador português, a cédula também continha o mapa “Terra Brasilis”, uma das primeiras representações do Brasil; um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, documento em que descreveu as características do lugar e do seu povo; e uma rosa dos ventos, instrumento de navegação.
À direita do mapa, estão representadas, também, cinco naus da expedição de Cabral. Ao fundo, há uma composição de elementos decorativos de azulejos portugueses e representações da Cruz da Ordem de Cristo, símbolo presente nas embarcações portuguesas da época.
O verso contém uma versão estilizada do mapa do Brasil, formada por quadros, alguns deles contendo fisionomias típicas do povo brasileiro (indígena, branco, negro e mestiço).
Segunda Família do Real
A Segunda Família do Real, lançada em 2010, traz elementos de segurança mais modernos, além de serem mais acessíveis às pessoas com deficiência visual, já que no canto de cada cédula há uma marca tátil diferente.
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De acordo com o Banco Central, as novas notas são feitas de papel fiduciário, que tem uma textura mais firme e áspera que o papel comum.
A maior novidade em relação a essa família do real foi o lançamento da nota de R$ 200 em setembro de 2020 e teve uma impressão inicial de 450 milhões de cédulas, apesar de ser rara para muitos brasileiros.
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Segundo o Banco do Brasil, a nova cédula veio para suprir a alta na demanda por dinheiro em espécie causada pela pandemia de Covid-19.
De acordo com o banco, no final de março daquele ano, a quantidade de dinheiro em circulação era de aproximadamente R$ 260 bilhões, mas com o crescimento na quantidade de saques, o montante alcançou R$ 350 bilhões em agosto.
Moedas do Plano Real
Cada vez mais raras, as moedas do real também têm duas famílias.
A primeira foi lançada em 1994 e era feita de aço inoxidável. Após o lançamento da série, foi colocado em circulação o valor até então inédito de 25 centavos. A moeda de R$ 0,25 foi lançada em 30 de setembro de 1994, numa forma de facilitar o troco.
A partir de 1 de julho de 1998, o Banco Central lança a segunda família de moedas em celebração ao “500 Anos do Descobrimento do Brasil”, homenageando personagens da nossa história.
A moeda de 1 centavo tem o perfil de Pedro Alvares Cabral; a de 5 centavos tem Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; a de 10 centavos tem a efígie de Dom Pedro I; já a de 25 centavos apresenta o proclamador da República, Manuel Deodoro da Fonseca; enquanto a de 50 centavos tem o Barão do Rio Branco, diplomata e historiador brasileiro. É também a única moeda com a inscrição “Ordem e Progresso” na borda.
Na moeda de um real, o Banco Central manteve a imagem da República, com um anel externo dourado alusiva à arte indígena. Somente em 2023 foram produzidas e colocadas em circulação 144.256.000 moedas.
