Pirataria volta ao debate nacional após críticas de Donald Trump à região da 25 de Março
Especialistas apontam que o Brasil já possui leis contra a pirataria, mas ressaltam que o problema é mais amplo e complexo
Victor Ferreira
A pirataria voltou a ser tema de discussão no país depois que a região da rua 25 de Março, em São Paulo, entrou na mira do presidente americano, Donald Trump. Mas especialistas no assunto afirmam que o Brasil já tem leis e regras de combate à pirataria, ainda que com efeitos limitados. E que o problema é bem mais complexo do que parece.
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A reportagem do SBT Brasil voltou à rua 25 de Março, onde até mesmo mercadorias irregulares são anunciadas em alto e bom som.
A pirataria não se restringe ao Brasil, mas por aqui, gera um prejuízo de quase R$ 500 bilhões por ano em impostos que deixam de ser arrecadados e perdas para as empresas que detêm a propriedade intelectual de inúmeros produtos.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que, desde 2023, apreendeu mais de 41 milhões de objetos falsificados, com valor estimado de quase R$ 190 milhões.
A Associação Brasileira de Combate à Pirataria, que investiga e apresenta denúncias às autoridades, recentemente acompanhou a polícia numa fábrica clandestina na Baixada Fluminense, que produzia shampoos usando o nome de uma marca famosa. Muita gente nem imagina o que está por trás da fórmula.
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“O consumidor tem que estar atento: quando ele compra um produto desse, em 90% dos casos está colocando dinheiro na mão das organizações criminosas, tanto brasileiras quanto internacionais. Quando você compra um perfume ou uma bebida falsa, você está dando dinheiro para o PCC, para o CV, para as milícias. E quando você compra um produto vindo da China, está dando dinheiro para a máfia chinesa", afirma Rodolpo Ramazzini, dir. de comunicação da Associação Brasileira de Combate à Pirataria.
