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Presidente de Belarus diz que guerra na Ucrânia está "se arrastando demais"

Aliado de Vladimir Putin, Alexander Lukashenko, forneceu tropas e apoio aos russos durante a invasão

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Alexander Lukashenko e Vladimir Putin
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O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, admitiu, nesta 5ª feira (05.mai), em entrevista à Associated Press, que apesar de ser favorável à invasão da Rússia à Ucrânia, a guerra "está se arrastando demais". Aliado de primeira hora do presidente russo, Vladimir Putin, Lukashenko, argumentou que o ataque era inevitável, já que "Kiev estava provocando" Moscou.

"Não estou imerso neste problema o suficiente para dizer se vai de acordo com o plano, como dizem os russos, ou como eu sinto", ressaltou Lukashenko. "Mas, quero enfatizar mais uma vez: sinto que esta operação se arrastou".

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Apesar do incômodo com a duração da incursão militar russa, o presidente de Belarus ressaltou que nenhum dos dois lados deve recorrer a armamentos nucleares, e enfatizou que usar esse tipo de recurso não está nos planos de Putin.

"O uso de armas nucleares não é apenas inaceitável, porque está bem ao nosso lado, não estamos do outro lado do oceano, como os Estados Unidos. Também é inaceitável porque pode fazer nossa bola terrestre voar para fora da órbita para quem sabe onde", defendeu Lukashenko, lembrando que tanto a Belarus como todo o Leste Europeu seriam devastados em um possível conflito nuclear.

O presidente bielorrusso sinalizou estar preocupado com a escalada das hostilidades em torno da guerra na Ucrânia e disse acreditar que Vladimir Putin não pretende provocar uma guerra generalizada contra todos os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan. "Ele provavelmente não quer um confronto global com a Otan. Usem isso. Usem isso e façam de tudo para que nada aconteça. Caso contrário, mesmo que Putin não queira, os militares reagirão", concluiu.

Conhecido como o "último ditador da Europa", o líder bielorrusso tem apoiado Putin não somente no campo retórico. Além de ceder seu território para posicionamento estratégico do exército russo, de onde milhares de mísseis têm sido lançados em direção à Ucrânia, Lukashenko também reforçou as tropas de Putin com contingente e recursos.

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