Otan diz não ver recuo russo na Ucrânia e espera mais ofensivas
Reagrupamento das tropas militares pode intensificar os combates nas cidades ao redor de Kiev
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou, nesta 5ª feira (31.mar), que não identificou a retirada parcial das forças russas da Ucrânia, assim como acordado pelos países. Segundo o chefe da aliança, Jens Stoltenberg, a ação pode resultar no aumento dos conflitos armados, principalmente no sul do país.
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"De acordo com os nossos dados de Inteligência, as unidades russas não estão se retirando, mas se reposicionando. A Rússia está tentando reagrupar [as tropas], reabastecer e reforçar sua ofensiva na região de Donbass, no leste da Ucrânia", disse Stoltenberg.
Assim como expressou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o líder da Otan afirmou que as forças russas continuam mantendo pressão nas cidades ao redor de Kiev. Ontem, diversos bombardeios foram registrados pelos militares e moradores locais, o que acabou dificultando a passagem de comboios de ajuda humanitária.
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"Ouvimos declarações recentes de que a Rússia reduzirá as operações militares ao redor de Kiev e no norte da Ucrânia. Mas a Rússia mentiu repetidamente sobre suas intenções. Portanto, só podemos julgar a Rússia por suas ações, não por suas palavras", frisou Stoltenberg, acrescentando que está na hora de uma solução diplomática.
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