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Crime

MP investiga parlamentares que tentaram impedir aborto de criança violentada

Seis parlamentares teriam ido à porta do CISAM, em Recife, para tentar impedir o procedimento cirúrgico

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MP investiga parlamentares que tentaram impedir aborto de criança violentada
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Na madrugada desta quarta-feira (19), a criança que foi violenta pelo tio e engravidou, no Espírito Santo, teve alta e deixou o hospital, acompanhada da avó e de uma assistente social com destino ao aeroporto internacional dos Guarapes. O governo providenciou um jatinho fretado para a viagem. Apesar do desfecho da gravidez, duas investigações ainda irão ocorrer sobre os familiares da jovem.

O conselho regional de medicina está averiguando a denúncia de que dois médicos teriam entrado no quarto da vítima, no centro hospitalar em Recife, antes de ela realizar o aborto para tentar interferir na decisão. 

O conselho tutelar de Recife também denunciou junto ao Ministério Público seis parlamentares que estivaram na porta do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) para impedir que o procedimento cirúrgico, que foi permitido pela justiça, fosse realizado. Esta mesma denúncia também foi encaminhada ao conselho de ética da assembleia legislativa e para a câmara dos vereadores de Recife.

A alta da criança


A menina de 10 anos, vítima de estupro no Espírito Santo, deixou o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), em Pernambuco, onde realizou o aborto, nesta quarta-feira (19).

suspeito de cometer o crime, um tio da garota, foi preso em Betim, município em Minas Gerais, nesta terça-feira (18). O homem será encaminhado ao Complexo Penitenciária de Xuri, na cidade de Vila Velha.

Após a Justiça autorizar o aborto, a gestação foi interrompida em um hospital de Recife, na capital pernambucana, neste domingo (16). De acordo com o juiz Antônio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude de São Mateus, município onde a criança vive, a decisão visa preservar a vida da vítima.  

Na última semana, o caso se tornou público e ganhou repercussão nacional após a Polícia Civil do Espírito Santo tomar conhecimento do ocorrido. No início do mês, a garota compareceu acompanhada de um familiar em um hospital da região queixando-se de dores abdominais e de um estufamento anormal na barriga. A equipe médica, suspeitando dos sintomas relatados, realizou um exame de sangue na criança, cujo resultado confirmou a gestação.

Autoridades locais foram acionadas e conversaram com a menina, que relatou aos agentes que era abusada sexualmente pelo tio desde os seis anos de idade, mas nunca denunciou o crime com medo das ameaças. 

Após o nome e foto da garota ser divulgado nas redes sociais, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) determinou que o conteúdo fosse excluído sob multa diária de R$ 50 mil.





 
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