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Operação da PF detém contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro

Durante a ação, foram cumpridos 8 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão

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Operação da PF detém contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31), uma das maiores operações internacionais já realizadas em São Paulo: a Operação Estação Brás e Bengal Tiger. 

A ação é resultado de uma cooperação entre a PF e a Agência Norte Americana de Imigração, a U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), e tem como objetivo deter o contrabando de migrantes e a lavagem de dinheiro. Sendo assim, ocorreu simultaneamente em 20 países da América do Sul e Central.

As investigações começaram em maio de 2018 depois de a PF receber a informação de que brasileiros, que moram na capital paulista, estariam liderando uma organização criminosa voltada à promoção de migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. Os migrantes ilegais seriam oriundos de países do Sul da Ásia, como Afeganistão, Bangladesh, Nepal, entre outros. 

De acordo com a apuração, o grupo providenciava documentos falsos, tais como passaportes e vistos, para que os estrangeiros deixassem seus países com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. No local, eles se encontravam com os criminosos e eram levados para o bairro do Brás, na região central da cidade, onde aguardavam o envio para os Estados Unidos por meio da fronteira com o México.

Durante o tempo em que ficavam em São Paulo, os migrantes eram vítimas de maus-tratos físicos e psicológicos por parte dos bandidos. Além disso, oito deles foram sequestrados por cartéis de drogas mexicanos, em junho deste ano, enquanto passavam pela fronteira.

Com o contrabando e lavagem de dinheiro, a quadrilha chegou a movimentar no Brasil cerca de US$ 10 milhões, entre os anos de 2014 e 2019. 

No total, foram cumpridos 26 mandados de prisão, sendo oito de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. Os investigados responderão pelos crimes de contrabando de migrantes, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 3 a 10 anos. 

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