Apresentação do relatório da Reforma na Câmara é adiada
Já a votação do texto da chamada "Nova Previdência", na Comissão Especial, deverá acontecer na primeira semana de julho
SBT News
Foi adiada para quinta-feira (13) a apresentação do relatório da Comissão Especial da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados. Segundo o presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos, a votação deverá acontecer na primeira semana de julho.
O fim de semana foi de trabalho e reuniões para o relator proposta, Samuel Moreira, que encontrou técnicos da Câmara e líderes de partidos para tentar finalizar o relatório da proposta. Apesar dos esforços, a entrega do relatório precisou ser adiada mais uma vez.
O relator, por sua vez, garante que as mudanças no prazo de entrega não irão atrasar a tramitação do texto.
Contudo, ainda falta acordo entre os parlamentares sobre a permanência de servidores estaduais e municipais nas novas regras.
A expectativa é que a decisão seja tomada até esta terça-feira (11), em uma conversa com governadores. Os chefes dos estados irão à Brasília para participar de um encontro e acreditam em um consenso sobre o tema.
"A maioria dos governadores apóia a reforma da Previdência, e a maioria aprova também a manutenção dos estados e municípios na proposta original do ministro Paulo Guedes e do relator Rogério Marinho. A busca é pela convergência e pelo entendimento, e está muito próximo de chegarmos a esse patamar, com uma maioria expressiva", afirmou o governador de São Paulo, João Doria.
Alguns pontos do texto original, porém, podem ser eliminados. É o caso da diminuição do benefício de prestação continuada, o BPC, e das alterações na aposentadoria rural. Falta também acordo sobre a capitalização, uma espécie de poupança que pode substituir a atual composição das aposentadorias.
O presidente da Comissão, Marcelo Ramos, espera receber um parecer até a próxima quarta-feira (19). "Entregando o relatório na quinta, eu acredito que a gente consegue votar, na Comissão Especial, na primeira semana de julho, e aí no Plenário há uma dificuldade maior, porque precisa de 308 votos".